Brasil, 8 de dezembro de 2025
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STF julga nesta terça o último núcleo da trama golpista de 2025

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, nesta terça-feira (9/12), o julgamento dos réus do núcleo 2 da trama golpista, marcando o fim de um processo que teve início com a polarização política que culminou no golpe de Estado em 2022. Este é o último dos quatro núcleos de acusados que serão julgados, com as ações penais previstas para serem concluídas em 2025.

Abertura do julgamento e roteiro da sessão

O presidente da Turma, ministro Flávio Dino, deu início à sessão às 9h, passando a palavra ao relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes. O procedimento inicial consistirá na leitura do relatório sobre os réus envolvidos na tentativa de golpe, onde palavras de acusação e defesa serão apresentadas.

Quem são os réus do núcleo 2

Os acusados que compõem este núcleo são figuras proeminentes, todas com cargos relevantes na administração pública durante o governo Bolsonaro:

  • Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF);
  • Fernando de Sousa Oliveira – ex-secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal;
  • Filipe Garcia Martins Pereira – ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência;
  • Marcelo Costa Câmara – coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro;
  • Marília Ferreira de Alencar – delegada da Polícia Federal e ex-subsecretária de Segurança Pública do DF;
  • Mário Fernandes – general da reserva do Exército.

Expectativas para a sessão

Após a leitura do relatório, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentará a acusação em nome da Procuradoria-Geral da República (PGR), podendo sugerir a condenação ou não dos réus. Esta fase do julgamento deve ser exclusivamente dedicada às sustentações orais, dado o número de réus envolvidos.

É esperado que a leitura do voto do ministro Alexandre de Moraes inicie na quarta-feira (10/12), dando sequência ao andamento do caso.

Acusação e crimes imputados

Os réus deste núcleo enfrentam graves acusações, como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. A PGR alegou que os acusados ocuparam posições estratégicas para orquestrar ações que visavam instaurar um regime ilegítimo no Brasil.

De acordo com a denúncia, Vasques, Marília e Fernando teriam coordenado o uso das forças policiais durante o segundo turno das eleições de 2022, mantendo a legitimidade do governo Bolsonaro de forma não democrática. Já Mário Fernandes teria comandado as atividades de monitoramento e neutralização de autoridades, trabalhando junto com Marcelo Câmara. Por fim, Filipe Martins é acusado de ser o responsável por apoiar a proposição de um estado de sítio no país.

Todos os réus são acusados de crimes que não apenas atentam contra a democracia, mas também causam danos significativos ao patrimônio público e a ordem estatal. A seriedade das acusações coloca em evidência a importância do julgamento para a nossa democracia e a necessidade de responsabilização de ações que comprometem a integridade do Estado. O desfecho desta importante sessão no STF provavelmente atrairá atenção nacional, pondo à prova a confiança da população nas instituições brasileiras.

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