Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Paramount faz oferta hostil de US$ 108,4 bilhões pela Warner

A Paramount fez uma oferta hostil de US$ 108,4 bilhões para adquirir a Warner Bros. Discovery, elevando a pressão em um cenário de forte movimentação no setor do entretenimento. A proposta acontece após a Netflix anunciar um acordo de mais de US$ 70 bilhões para comprar a mesma empresa.

Disputa acirrada pelo controle da Warner

Nesta segunda-feira (8), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que nem a Netflix nem a Paramount são suas “grandes amigas”, após as empresas apresentarem propostas para adquirir a Warner Bros. Discovery. “Eu conheço muito bem as empresas. Sei o que estão fazendo, mas preciso analisar, preciso ver qual porcentagem de mercado elas têm”, declarou Trump durante uma mesa-redonda na Casa Branca.

A oferta da Paramount, avaliada em US$ 30 por ação — acima dos quase US$ 28 por ação oferecidos pela Netflix na semana passada — representa um pacote total de US$ 108,4 bilhões, incluindo dívida a ser assumida. A tentativa é uma reação às negociações que já estavam em andamento desde setembro, quando a Netflix anunciou um acordo de mais de US$ 70 bilhões para adquirir ativos da Warner.

Estratégia de aquisição hostil e obstáculos regulatórios

Uma oferta hostil ocorre quando uma empresa tenta comprar outra sem o apoio do conselho administrativo da empresa-alvo, indo direto aos acionistas com propostas atraentes. Essa tática visa pressionar a direção da Warner a aceitar a venda, mas o caminho não será fácil, pois os órgãos antitruste analisarão cuidadosamente a aquisição para verificar impactos na concorrência.

Desde setembro, a Paramount apresentou várias propostas para formar um novo conglomerado de mídia capaz de competir com gigantes como Netflix e Apple, mas todas foram rejeitadas até agora. A nova oferta busca reforçar a posição do estúdio e recuperar protagonismo no mercado de streaming e entretenimento.

Movimentações no setor e reações do mercado

Na última sexta-feira (5), a Netflix venceu uma disputa de lances contra a Comcast e anunciou um acordo de US$ 72 bilhões para adquirir ativos da Warner — incluindo marcas globais como HBO e Warner Bros. Pictures. O anúncio gerou choque e preocupações na indústria, com sindicatos alertando para possíveis demissões e redução da produção de filmes para o cinema.

O movimento também ganhou destaque político, com Donald Trump afirmando que acompanhará de perto a análise conduzida pelo Departamento de Justiça sobre possíveis violações de regras de concorrência, reforçando o impacto regulatório sobre as negociações.

Reações e perspectivas do setor

Especialistas divergem quanto aos efeitos dessa disputa. Alguns apontam risco de “destruição de valor” na fusão, enquanto outros veem potencial estratégico na incorporação de uma das bibliotecas mais valiosas do mundo por parte da Netflix. A pressão política e regulatória aumenta, com sindicatos e órgãos de defesa da concorrência atentos às possíveis consequências do controle concentrado no setor.

A Paramount, por sua vez, reclama do processo de venda da Warner, alegando que a negociação com a Netflix foi tendenciosa e que a fusão violaria leis antitruste ao criar um monopólio de 43% do mercado global de streaming. A estratégia do estúdio é tentar reverter a situação, pressionando reguladores e acionistas.

Próximos movimentos e desafios

A expectativa é que o Departamento de Justiça analise cuidadosamente a oferta da Paramount, que busca evitar uma concentração excessiva no setor. Além disso, a questão política, liderada por Trump, reforça a complexidade do cenário, com possíveis impactos no futuro do setor de mídia e entretenimento mundial.

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