Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Justiça aceita denúncia contra homem que agrediu mulher trans em Ribeirão Preto, SP

No dia 8 de dezembro de 2025, a Justiça de Ribeirão Preto, SP, aceitou a denúncia contra Gustavo Candida de Jesus Costa, filmado enquanto agrediu a mulher trans, Jade da Silva Morgado, na saída de uma boate no Jardim Sumaré. O caso, que ganhou repercussão nas redes sociais e na mídia, resultou em acusações formais de injúria racial motivada por transfobia. Juntamente com Gustavo, Ricardo Lucas Ferreira Guimarães também foi denunciado por lesão corporal após jogar um copo contra Jade enquanto ela tentava se proteger.

O que aconteceu na boate

A agressão ocorreu na madrugada de 20 de setembro, quando Jade foi abordada por Gustavo, que se declarou interessado nela. Ao ser rejeitado, Gustavo começou a fazer comentários depreciativos sobre a condição de Jade como mulher transexual. Ao final da festa, enquanto aguardava um carro de aplicativo, Jade e sua prima se depararam com Gustavo e Ricardo, que continuaram as ofensas. Em um momento de revolta, Jade lançou um copo em Gustavo, que, em resposta, a agrediu fisicamente.

A brutalidade da agressão

Imagens gravadas por testemunhas mostraram a violência, incluindo Gustavo puxando os cabelos de Jade e batendo sua cabeça contra o chão. Ele chegou a arrastá-la, enquanto Ricardo atirou um copo contra a jovem. Apenas a intervenção de pessoas nas proximidades conseguiu deter a agressão. Jade, ciente da urgência em agir diante da situação, registrou um boletim de ocorrência contra os dois homens, marcando o início do processo legal contra eles.

A repercussão e os desdobramentos legais

A defesa de Jade manifestou satisfação com o avanço do processo e a denúncia aceita. A expectativa é de que os dois réus sejam condenados. A pena mínima para os crimes que enfrentam é de quatro anos, o que acende um debate sobre a punição de crimes motivados por transfobia no Brasil. Por outro lado, a defesa de Gustavo alegou que ele comparecerá a todos os atos do processo e negou que tenha agido por discriminação.

Movimento por justiça e direitos humanos

O caso também levantou questões cruciais sobre a segurança da comunidade LGBT em ambientes de lazer e a necessidade de garantir a proteção de indivíduos vulneráveis. Organizações e ativistas têm clamado por maior visibilidade e respeito aos direitos da população trans, especialmente em uma sociedade que ainda enfrenta sérios preconceitos.

Reflexões sobre a violência e a transfobia

Além da denúncia criminal, uma ação cível foi movida por Jade contra os agressores, buscando não apenas reparação pelos danos causados, mas também um posicionamento social contra a transfobia. O promotor de Justiça, Augusto Soares de Arruda Neto, ressaltou que as atitudes dos réus não apenas ofendem a honra de Jade, mas também refletem um conteúdo homofóbico, evidenciando uma necessidade urgente de mudança cultural.

A voz de Jade e o futuro

Após o incidente, Jade da Silva Morgado se tornou uma figura representativa na luta contra a discriminação e a violência de gênero. Ela expressou em suas redes sociais que tais experiências lhe foram dolorosas, mas que a motivam a lutar por um mundo onde todos possam viver livre de preconceitos.

O caso permanece em desenvolvimento nos tribunais e será acompanhado de perto por observadores e defensores dos direitos humanos. A sociedade espera uma resposta incisiva da Justiça, que deve servir como um exemplo em casos futuros envolvendo agressões motivadas por discriminação.

A luta contra a transfobia é mais do que uma questão judicial; é uma batalha social pela aceitação e pelo respeito à diversidade. Há um clamor crescente por políticas que protejam a comunidade LGBTQIA+ e assegurem que crimes de ódio não sejam tolerados.

Para mais informações e desdobramentos sobre este caso, continue acompanhando as atualizações na mídia local.

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