Brasil, 8 de dezembro de 2025
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IPCA de novembro pode acelerar corte na taxa Selic, avaliam autoridades

A divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, prevista para quarta-feira (10/12), deve influenciar a decisão do Banco Central (BC) de iniciar uma redução na taxa Selic, marcada para o mesmo dia pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

IPCA de novembro reforça expectativa de redução na Selic

Com sinais de desaceleração da inflação e da atividade econômica, analistas acreditam que o BC pode adotar uma postura mais agressiva e reduzir os juros após meses de manutenção em 15% ao ano. A expectativa é de que os dados de novembro forneçam argumentos adicionais para essa flexibilização.

O que esperar do índice de novembro

Nas últimas semanas, o IPCA, indicador oficial de inflação, apresentou queda de força. Em outubro, o IPCA acumulado em 12 meses caiu para 4,68%, abaixo dos 5,17% de setembro, surpreendendo o mercado. Tal movimento foi impulsionado pela mudança na bandeira tarifária de energia e a desaceleração nos preços de alimentos e bens industriais, segundo o IBGE.

Se o IPCA de novembro continuar nesse ritmo de desaceleração, a autoridade monetária terá ainda mais justificativas para reduzir a taxa de juros, principalmente num cenário em que o Federal Reserve (FED), banco central dos EUA, também decidir sobre sua política monetária nesta quarta-feira, numa conhecida “super quarta”.

Pressões internas e externas influenciam decisão do BC

O BC manteve a Selic em 15%, alegando a necessidade de manter “confiança e segurança” na convergência da inflação para a meta, além de citar a incerteza fiscal e os efeitos defasados da política monetária. No entanto, o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, indicou que, com dados favoráveis, uma redução na taxa pode ocorrer em breve, embora sem uma previsão específica.

Diretores do BC também sinalizaram, nas últimas semanas, que estão inclinados a um corte na Selic, desde que os indicadores continuem mostrando desaceleração inflacionária. Assim, o resultado do IPCA de novembro será crucial para ajustar o radar do COPOM.

Impacto da política monetária na economia

Apesar do otimismo com a inflação, o quadro econômico permanece fragilizado. Indicadores de consumo, crédito e produção industrial indicam arrefecimento, reforçando a necessidade de estímulos monetários para impulsionar a economia em 2025. Além disso, a taxa de juros real, uma das mais altas do mundo, é vista como um obstáculo ao investimento e à geração de empregos.

O mercado financeiro trabalha com duas possibilidades: uma redução já na reunião de quarta-feira ou uma pausa até o início de 2026, aguardando novos sinais do desempenho econômico antes de alterar a política de juros.

Relevância do IPCA de novembro para a decisão do BC

A divulgação do IPCA de novembro será decisiva. Caso mostre continuidade na desaceleração, as chances de um corte na Selic aumentam consideravelmente, dada a necessidade de estimular a atividade econômica sem perder o controle da inflação.

Enquanto isso, o governo defende uma redução na taxa, argumentando que a inflação está sob controle e que há espaço para diminuir os juros, o que poderia aliviar o custo da dívida pública e impulsionar o crescimento em 2025.

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Fonte: Metropoles

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