O governo federal, liderado pelo presidente Lula, anunciou planos de contratar cerca de 1 milhão de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida em 2026, reforçando a aposta no setor habitacional durante o ano eleitoral. A meta é alcançar três milhões de unidades entregues até o final do próximo ano, conforme afirmou o Ministério das Cidades.
Expansão das contratações e detalhes do programa
Segundo o ministério, as contratações mensais devem passar de 60 mil para 80 mil ao longo de 2026, embora a entrega das obras dependa de fatores que podem influenciar o cumprimento das metas. Até o meio de 2026, o presidente Lula deverá participar de eventos para a entrega de 40 mil unidades das 172 mil já em construção na Faixa 1, voltada a famílias sem condições de assumir financiamento, com R$ 22,5 bilhões reservados para essa faixa.
Inclusão da classe média
O plano também prevê o aumento de contratações para a classe média, que atualmente conta com cerca de 6 mil unidades por mês, e deve chegar a 10 mil em 2026, totalizando aproximadamente 120 mil unidades ao final do período. O programa contará com um orçamento de R$ 144 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o próximo ano, reforçando o investimento na área habitacional.
Impactos e desafios do programa habitacional
De acordo com o ministro das Cidades, Jader Filho, a garantia de recursos deve impulsionar as contratações sem dificuldades financeiras. Ele destacou que, além do aspecto social, o programa visa contribuir para um amplo desenvolvimento econômico, gerando empregos e preparando o país para os desafios futuros, como o sucateamento da frota de transporte público, pauta também discutida pelo ministério.
Questões sobre tarifas de transporte público
O ministro mencionou aguardar um estudo do Ministério da Fazenda para avaliar a proposta de tarifa zero no transporte público, defendida por Lula. Ele frisou que, para isso, será necessário repensar o modelo atual, buscando equilibrar custos e qualidade do serviço, com o objetivo de atrair mais passageiros e aumentar as receitas do setor.
Perspectivas para 2026
As ações do Ministério das Cidades fazem parte do “Mapa do Caminho” de 2026, que inclui também debates sobre transporte e outras políticas sociais. O ministro informou que, assim que o estudo do Ministério da Fazenda for concluído, uma proposta será elaborada para complementar os planos do governo nesta área crucial para o desenvolvimento social e econômico.
O ministro afirmou que o cenário exige uma solução compartilhada entre o governo federal, estados e prefeituras, especialmente diante do atual estado de deterioração da frota de transporte público no país. “O Brasil não pode adiar essa discussão”, ressaltou.



