Leiadores democratas nos Estados Unidos estão solicitando a desclassificação de um vídeo classificado de um ataque naval realizado em setembro a uma embarcação suspeita de tráfico de drogas. A solicitação ocorre em meio a críticas e dúvidas sobre a legalidade da ação militar, que resultou na morte de 11 pessoas, incluindo possíveis sobreviventes.
Requisitos de transparência sobre o ataque no Caribe
Durante uma reunião fechada na semana passada, diversos membros do Congresso assistiram a um vídeo que mostra a operação, considerado por eles “extremamente perturbador” e “de grande preocupação”.
O deputado Jim Himes (Connecticut), principal democrata na Comissão de Inteligência da Câmara, destacou à CBS News a importância de tornar o vídeo público. “Acreditamos que o público deve julgar por si mesmo”, afirmou Himes, ressaltando diferenças de interpretação entre os partidos sobre o conteúdo exibido.
Reações e debates sobre a legalidade da ação militar
Alguns legisladores, como Adam Smith (Washington), também defendem a divulgação do vídeo, alegando que a sua exposição esclarecerá toda a controvérsia atual.
O ataque, divulgado inicialmente pelo então presidente Donald Trump em um vídeo classificado como “PRIVADO”, mostrou a destruição de um navio suspeito, que Trump descreveu como “traficantes de narcóticos” do “Tren de Aragua”.
Entretanto, relatos de oficiais de inteligência indicam que os militares podem ter realizado ataques adicionais que resultaram na morte de sobreviventes — ações que levantam questões sobre sua legalidade, especialmente quanto ao uso da força em águas internacionais.
Controvérsia e próximas etapas
Na sua declaração após a reunião, o senador Chris Coons (Delaware) revelou que ocorreram pelo menos quatro ataques, incluindo o ataque inicial, a morte de sobreviventes e o afundamento da embarcação.
Himes descreveu ter assistido a imagens perturbadoras de indivíduos em aflição, sem meios de locomoção, e afirmou que qualquer cidadão que veja o vídeo compreenderá a gravidade da situação. “São marinheiros naufragados sendo atacados pelo nosso país”, afirmou o deputado.
Impactos institucionais e possibilidades futuras
A pressão crescente por transparência visa esclarecer a legalidade da operação militar e evitar que ações semelhantes ocorram sem o devido controle legal. Ainda não há previsão de quando o governo irá divulgar oficialmente o vídeo ao público, mas a solicitação permanece firme por parte da oposição.
Profissionais e especialistas em direito internacional avaliam que a liberação dos materiais pode influenciar a percepção pública e o debate sobre o uso da força por parte das forças militares americanas.


