Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Covid e oropouche: riscos de doenças neurodegenerativas

A intersecção entre infecções virais e a saúde cerebral tem se tornado um foco crescente de pesquisa, especialmente no contexto da Covid-19. Recentemente, um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) trouxe à tona as ligações entre a infecção por Covid-19 e o vírus oropouche, ambos associados ao aumento do risco de doenças neurodegenerativas. A pesquisa, liderada pelo professor Sebollela, apresenta dados alarmantes sobre como esses vírus podem desencadear processos inflamatórios que afetam as funções cognitivas, resultando em problemas como perda de memória e dificuldades em raciocínio.

O impacto da inflamação no cérebro

De acordo com Sebollela, o processo inflamatório gerado pela morte de algumas células no cérebro tem um efeito em cadeia, prejudicando diretamente os neurônios. “Parte dessas células morre, e outra parte libera fatores inflamatórios. Essa inflamação gera um efeito em cadeia, porque o astrócito é responsável por manter os neurônios funcionando bem. Então, essa inflamação causada pela infecção prejudica diretamente a função dos neurônios”, explicou o professor. O resultado dessa cascata inflamatória pode ser devastador, levando a sintomas crônicos que comprometem a qualidade de vida dos afetados.

Conexões entre Covid-19 e doenças neurodegenerativas

A pesquisa da USP não apenas examina a Covid-19, mas também investiga o vírus oropouche, que é transmitido por mosquitos e já é conhecido por causar epidemias em regiões da América Latina. A combinação destes dois agentes patológicos aumenta as preocupações sobre a saúde pública, especialmente em uma era onde a Covid-19 ainda apresenta variantes e novas infecções.

Os sintomas neurocognitivos, que incluem perda de memória, dificuldade de concentração e até mesmo episódios de confusão mental, têm sido relatados em diversos estudos envolvendo pacientes que contraíram Covid-19. Esta nova pesquisa sugere que o impacto da infecção não termina na recuperação física, mas pode deixar marcas duradouras na saúde mental e cognitiva dos indivíduos.

Prevenção e conscientização

Frente a tão preocupantes resultados, a conscientização e a vacinação se tornam ainda mais essenciais. Especialistas ressaltam que as campanhas de imunização não apenas protegendo contra a Covid-19, mas também contra outras viroses que podem potencialmente causar tais danos neurológicos, são fundamentais para a mitigação de doenças neurodegenerativas no futuro.

Além disso, a sociedade deve ser educada sobre a importância de medidas preventivas, como o uso de repelentes e a modificação de ambientes de risco durante períodos de surtos do vírus oropouche. O entendimento sobre os efeitos a longo prazo das infecções virais no cérebro também deve ser um tema central nas discussões de saúde pública.

A urgência da pesquisa científica

O estudo da USP é um lembrete da necessidade urgente de continuar a pesquisa científica em doenças neurodegenerativas e suas possíveis causas. Compreender melhor como infecções como a Covid-19 e o oropouche afetam o cérebro pode levar ao desenvolvimento de tratamentos e intervenções que protegerão futuras gerações.

À medida que mais pesquisas são realizadas, espera-se que novos insights emergem, oferecendo esperança para aqueles que sofrem de consequências neurocognitivas após infecções virais. A união entre universitários, médicos e a sociedade é fundamental para garantir que as lições aprendidas com a pandemia sejam adequadamente aplicadas na proteção da saúde cerebral.

Portanto, a conscientização sobre a relação entre infecções virais e saúde mental deve continuar sendo uma prioridade nas políticas públicas de saúde. Somente assim, poderemos reduzir os impactos dessas doenças e melhorar a qualidade de vida de milhões de indivíduos.

Leia mais sobre o estudo aqui.

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