Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Mulheres protestam contra feminicídios em Brasília

No último domingo (7), uma manifestação significativa ocorreu em Brasília, reunindo mulheres e apoiadores na luta contra o feminicídio. O ato teve lugar na icônica Torre de TV, um ponto central da capital, e se insere em uma mobilização que atingiu pelo menos 20 estados e o Distrito Federal. As participantes levantaram suas vozes para denunciar a alarmante taxa de feminicídios no Brasil, que já ultrapassa mil casos em 2025, segundo dados recentes.

Feminicídio: um problema alarmante no Brasil

O feminicídio, definido como o assassinato de mulheres por razões de gênero, tem se tornado um problema crescente no Brasil, refletindo uma cultura de violência contra a mulher que se mantém em várias esferas da sociedade. No Distrito Federal, foram registradas 26 mortes violentas de mulheres somente neste ano, enfatizando a urgente necessidade de ações efetivas para enfrentar esse ciclo de violência. Uma das vítimas mais recentes foi a cabo Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, atacada e morta por um soldado, que também causou um incêndio em um quartel do Exército.

Ato em Brasília: um grito por justiça

O protesto em Brasília começou por volta das 10h e contou com a participação de diversas organizações sociais e feministas. As participantes exibiram cartazes e entoaram gritos de ordem, clamando por justiça e pelo fim da violência de gênero. Além dos discursos emocionantes, a manifestação teve um caráter de memorial, com menções às vítimas de feminicídio que perderam suas vidas em 2025, um tributo que refletiu a dor e a indignação das participantes.

Casos de feminicídio no Distrito Federal

Os dados reunidos durante a cobertura da manifestação revelaram uma realidade cruel. Os casos de feminicídio registrados até dezembro de 2025 no DF incluem mulheres de diversas idades e contextos, refletindo a ubiquidade do problema. Aqui estão alguns exemplos:

  • 5 de janeiro: Ana Moura Virtuoso, na Estrutural;
  • 15 de janeiro: Elaine da Silva Rodrigues, em Planaltina;
  • 15 de fevereiro: Gilvana de Sousa, entre Taguatinga/Samambaia;
  • 22 de fevereiro: Géssica Moreira de Sousa, em Planaltina;
  • 26 de fevereiro: Ana Rosa Brandão, no Cruzeiro;
  • 29 de março: Dayane Barbosa, na Fercal;
  • 31 de março: Maria José Ferreira, no Recanto Das Emas;
  • 1º de abril: Marcela Rocha Alencar, no Paranoá;
  • 7 de dezembro: Maria de Lourdes Freire, no SMU.

Esses casos refletem a urgência de medidas e políticas públicas mais rigorosas para prevenir tais atrocidades e garantir a proteção das mulheres.

Como buscar ajuda e denunciar

Em meio a esses episódios trágicos, a importância da conscientização e do suporte àquelas que sofrem violência se torna vital. Abaixo estão algumas formas de buscar ajuda e denunciar situações de violência contra a mulher:

  • Disque 190 para a Polícia Militar;
  • Disque 197 ou acesse a delegacia eletrônica da Polícia Civil;
  • Disque 180 para a Central de Atendimento à Mulher;
  • Dirija-se a qualquer delegacia de polícia ou para as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam);
  • Disque 129 para a Central de Atendimento da Defensoria Pública com dígito exclusivo para mulheres.

É fundamental que as mulheres saibam que não precisam esperar por um ato de violência para solicitar uma medida protetiva. Situações como ciúmes excessivos e controle de patrimônio também são bases para o pedido de proteção.

Diante de uma realidade de crescente violência, o protesto em Brasília é um chamado para que a sociedade se una na luta pelo fim do feminicídio, clamando por justiça e proteção para todas as mulheres. A consciência e a atuação coletiva são ferramentas indispensáveis para transformar essa triste realidade.

Leia mais sobre a luta contra a violência de gênero e como você pode ajudar na conscientização. Juntas, podemos construir um mundo mais seguro e justo para todas.

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