Brasil, 23 de dezembro de 2025
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Projeto de lei propõe fim da jornada de trabalho 6×1 no Brasil

Na última sexta-feira (6/12), o deputado Leo Prates (PDT-BA), relator do projeto de lei que visa abolir a escala de trabalho 6×1 no Brasil, apresentou um substitutivo que estabelece uma nova jornada máxima de 40 horas por semana. A proposta, se aprovada, permitirá que os trabalhadores cumpram cinco dias de trabalho seguidos por dois dias de folga, uma mudança significativa nas dinâmicas laborais do país.

Alterações propostas na jornada de trabalho

O novo texto prevê uma implementação gradual das novas normas, com o objetivo de que a transição seja completamente efetivada até 2028. Essa estratégia tem como premissa o reconhecimento das possíveis dificuldades de adaptação que empresas e trabalhadores podem enfrentar nesse processo.

Adicionalmente, o relator sugere a possibilidade de negociação entre empresas e trabalhadores para a adoção do modelo 4×3. Nesse caso, os empregados trabalhariam quatro dias e teriam três de descanso, respeitando um limite diário de dez horas, mas mantendo o total de 40 horas na semana.

Relação entre a redução da jornada e o mercado de trabalho

O relator destacou a relevância da proposta de redução da jornada máxima de trabalho, argumentando que a diminuição de 44 para 40 horas semanais representa uma intervenção significativa no mercado de trabalho. “É inegável que essa proposta deve considerar suas consequências econômicas a curto prazo. Por essa razão, a previsão de uma redução gradual da jornada e a adaptação das escalas de trabalho são essenciais para mitigar eventuais riscos”, afirmou.

Essa mudança pode representar um avanço importante para os trabalhadores, que muitas vezes enfrentam longas jornadas, impactando diretamente sua qualidade de vida e saúde. No entanto, a proposta também suscita preocupações sobre como as empresas se adaptarão a essas novas regras e quais serão as possíveis reações do setor produtivo.

Andamento do projeto na Câmara dos Deputados

O projeto prevê a alteração da jornada de trabalho e é de autoria de deputados do PCdoB. Atualmente, ele está em tramitação na Comissão de Trabalho da Câmara, mas ainda não há uma data definida para a votação. É importante ressaltar que essa proposta está sendo discutida em conjunto com uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada pela deputada Erika Hilton (PSol-SP) em 2024, que também busca modificar a jornada 6×1.

A tramitação paralela da PEC pode influenciar o andamento do projeto de lei, uma vez que as discussões sobre a jornada de trabalho devem levar em consideração as diretrizes constitucionais e seus reflexos para os trabalhadores em diversas áreas da economia. A pressão por melhorias nas condições laborais é crescente, e esse projeto pode ser um importante passo na direção de melhores práticas no mercado de trabalho brasileiro.

Expectativas para o futuro

Com as mudanças propostas, espera-se que as empresas tenham mais flexibilidade na gestão de suas escalas de trabalho, possibilitando uma maior harmonia entre vida pessoal e profissional dos trabalhadores. Essa mudança, se concretizada, pode enriquecer a experiência laboral, tornando-a mais equilibrada e satisfatória.

A sociedade civil e as entidades representativas dos trabalhadores acompanharão de perto a tramitação desse projeto de lei, uma vez que sua aprovação pode representar um marco na evolução das relações de trabalho no Brasil. Enquanto isso, empregadores e empregados devem se preparar para um futuro onde as normas laborais podem ser significativamente diferentes das que conhecemos hoje.

Em suma, a discussão sobre a jornada de trabalho no Brasil está em plena efervescência, e a proposta de Leo Prates se destaca como uma tentativa séria de evoluir as condições de trabalho no país, colocando em primeiro plano o bem-estar dos trabalhadores e a necessidade de adaptar-se às novas realidades do mercado. Se você deseja acompanhar mais sobre essa e outras propostas, fique atento às atualizações na Câmara dos Deputados.

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