O sorteio da Copa do Mundo de 2026, realizado recentemente em Washington, trouxe boas e más notícias para o futebol mundial. No Grupo C, o Brasil vai competir ao lado de Marrocos, Escócia e Haiti. Porém, uma restrição migratória imposta aos torcedores haitianos criará um ambiente único e desafiador durante o torneio.
Grupo do Brasil e expectativas
Classificado como cabeça de chave no Grupo C, o Brasil iniciará sua jornada na Copa Mundial contra Marrocos no dia 13 de junho. As outras duas partidas ocorrerão nos dias 19 e 24 de junho, respectivamente, em várias cidades do Leste dos Estados Unidos. O retorno do Haiti a uma Copa, após mais de 50 anos, faz deste torneio um momento histórico, mas também levanta questões sobre o papel das torcidas nas arquibancadas.

Com a ampliação do torneio para 48 seleções, a Copa de 2026 terá um total de 12 grupos, cada um com quatro equipes, e promete 104 partidas ao longo do campeonato. O Brasil, a seleção mais vitoriosa da história da Copa, enfrenta o desafio de adaptar-se a um grupo que parece acessível esportivamente, mas que deve ser marcado por um contexto político complicado devido à falta de apoio das torcidas.
Dificuldades para os torcedores haitianos e iranianos
Os torcedores do Haiti não terão acesso aos jogos devido a um decreto que restringe a entrada nos Estados Unidos. Tal determinação, que se aplica também aos torcedores do Irã, resulta em um ambiente de estádio potencialmente silencioso para essas seleções e seus jogadores, afetando a atmosfera das partidas.
A seleção haitiana e uma parte da delegação iraniana conseguiram a autorização especial para participar do torneio, enquanto seus torcedores não têm isenção garantida e enfrentam um rigoroso processo para conseguir vistos. Isso levanta questões importantes sobre a experiência de torcer por uma seleção em um momento tão crucial da história do futebol para esses países.
Implicações do decreto de Trump
O decreto assinado pelo então presidente Donald Trump visa proteger a segurança nacional dos EUA e proíbe a entrada de cidadãos de vários países, incluindo Haiti e Irã. Embora a ordem permita entrada para atletas e membros da equipe, a exclusão de torcedores pode resultar em estádios mais vazios do que o esperado.

Desafio da FIFA e ambiente político
A Copa de 2026, a ser realizada nos Estados Unidos, Canadá e México, representa não só uma mudança no formato, mas também coloca a FIFA sob pressão para manter seu discurso inclusivo em um ambiente de políticas migratórias mais restritivas. A entidade terá que lidar com a logística de um torneio ampliado e, ao mesmo tempo, enfrentar protestos de organizações de direitos humanos que questionam as regras de entrada.
O Brasil, ao enfrentar o Haiti em um cenário de arquibancadas predominantemente silenciosas, pode ter um desempenho que não apenas considere o time adversário, mas também a falta de apoio emocional de seus torcedores. Assim, a questão não é apenas esportiva, mas envolve contextos sociopolíticos que tornam essa Copa uma experiência única na história do futebol.
À medida que a competição se aproxima, a discussão em torno das consequências políticas e sociais desse torneio se torna cada vez mais crucial. Com a definição do grupo e o calendário das partidas pronto para ser divulgado, a Seleção Brasileira, assim como as outras equipes, está se preparando para um Mundial que promete ser inesquecível e, ao mesmo tempo, desafiador.
O impacto dessa situação será um ponto de discussão não apenas entre fãs, mas também entre analistas e torcedores que esperam ver a beleza do futebol em sua essência, independentemente das restrições que possam tentar ofuscar esse grande evento esportivo.


