O Brasil já conhece seus primeiros adversários na Copa do Mundo de 2026. No Grupo C, a seleção de Carlo Ancelotti irá brigar por uma vaga na segunda fase com Marrocos, Escócia e Haiti. Uma missão não tão difícil, já que podem ser até três classificados por chave. Porém, essa jornada deverá ser marcada por obstáculos extracampo.
Desafios logísticos e climáticos
Por estar num dos primeiros grupos, o Brasil já estreará no terceiro dia da Copa, 13 de junho. Isso significa que a seleção terá menos tempo de preparação do que outras equipes. Para complicar, os primeiros jogos ocorrerão na costa Leste dos Estados Unidos, com confrontos previstos em cidades como Boston, Nova Jersey, Filadélfia, Atlanta e Miami. Isso implica numa viagem longa para a terceira rodada, quando a equipe sairá da ponta Nordeste para o Sul do país.
Embora esse não seja o pior dos cenários — com outros grupos exigindo deslocamentos mais complexos —, a pior notícia é que os brasileiros terão que encarar as altas temperaturas da região. Esses fatores podem impactar o desempenho dos atletas e a dinâmica dos jogos, algo que preocupa a comissão técnica.
O clima quente como desafio
O calor era uma forte preocupação do técnico Carlo Ancelotti antes do sorteio. Presente na comissão técnica da Itália em 1994, ele relembra como sua seleção sofreu com as altas temperaturas do verão americano. Agora, com um novo desafio à frente, ele terá que lidar novamente com essas adversidades climáticas.
Adversários do Brasil no grupo C
A composição do grupo, por outro lado, tem se mostrado um “refresco” para Ancelotti. O Brasil estreará contra a seleção marroquina, seguida por adversários menos tradicionais: o Haiti, no dia 19 de junho, e a Escócia, no dia 24. Porém, é importante não subestimá-los, visto que cada um dos times se classificou em primeiro lugar em seus grupos, desbancando concorrentes mais badalados.
Marrocos: um adversário forte
O primeiro desafio para a seleção será contra Marrocos. Considerada uma grande surpresa na Copa do Catar, onde foi semifinalista, a seleção marroquina segue como uma das maiores forças do futebol mundial, ocupando a 11ª posição no ranking da FIFA. Esse fator torna a estreia brasileira um compromisso desafiador.
A equipe marroquina conta com grandes estrelas do futebol, como o lateral Hakimi, um dos melhores do PSG; o goleiro Bounou, do Al-Hilal; e o meia-atacante Brahim Díaz, do Real Madrid. Esses jogadores trazem qualidade e experiência que podem complicar a jornada do Brasil.
Haiti: um azarão a ser respeitado
O segundo jogo da seleção será contra o Haiti, que, a princípio, parece ser um adversário mais acessível. No entanto, a torcida brasileira não deve se deixar levar pela aparente fragilidade do rival. O Haiti surpreendeu durante as Eliminatórias da Concacaf, garantindo uma vaga após terminar em primeiro numa chave que incluía seleções tradicionais como Costa Rica e Honduras.
Escócia: uma incógnita
Por fim, a Escócia conta como um enigma no grupo. Embora não seja uma das principais potências do futebol europeu, ocupando a 34ª posição no ranking da FIFA, a seleção escocesa surpreendeu durante as Eliminatórias, conquistando a classificação em primeiro lugar em um grupo que envolveu campeões europeus, como Dinamarca e Grécia. Isso demonstra que os escoceses também podem ser um concorrente de respeito.
Com o sorteio realizado e os desafios bem definidos, o Brasil se prepara para uma Copa do Mundo que promete emoções e desafios, tanto em campo quanto fora dele. A expectativa é alta para que a seleção traga novamente alegria aos torcedores brasileiros, contornando os obstáculos que surgirão no caminho e buscando mais uma vez a glória mundial.
