Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Mudanças na permissão para missa antiga podem ser uma novidade global, afirma líder católico

De acordo com Joseph Shaw, chefe da Latin Mass Society na Inglaterra, uma recomendação vazada sugere que a nova política sobre a celebração da missa tradicional tenha caráter universal, não apenas para Inglaterra e País de Gales.

Retorno às permissões anteriores à Traditionis Custodes

Shaw afirmou que a suposta informação de que o núncio apostólico na Grã-Bretanha permitiu aos bispos solicitar isenções de dois anos para celebrar missa antiga representa uma mudança importante na postura do Vaticano. “Se for verdade, é um sinal de maior confiança por parte do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos na condução pastoral”, declarou.

Impacto na legislação da Igreja

Segundo o líder da organização tradicionalista, essa mudança removeria uma das exigências mais restritivas impostas pelo documento Traditionis Custodes, de 2021, que limitou significativamente o uso do rito antigo. “Essa é uma etapa relevante, que pode levar a novas mudanças de postura por parte do Papa Francisco ao longo do tempo”, pontuou Shaw.

Durante a reunião de novembro do Conselho Episcopal da Inglaterra e País de Gales (CBCEW), os bispos foram informados pelo enviado papal de que poderiam solicitar essas isenções temporárias, renováveis a cada dois anos, para permitir a missa antiga em suas dioceses.

Reação oficial e controvérsia

O CBCEW, por meio de Stephanie MacGillivray, afirmou que “não pode comentar além do comunicado oficial”, publicado em 14 de novembro, que lamentou o vazamento da informação. A nota destacou que a divulgação gerou “confusão entre os fiéis”.

Desde o início da controvérsia, membros da Igreja têm vivido períodos de tensão, especialmente após a introdução do missal de 1970, que substituiu o rito de 1962. As permissões para o uso do antigo missal foram ampliadas em 1984, durante o papado de João Paulo II, por influência de Pope Paul VI.

Contexto histórico das permissões

A possibilidade de celebrar a missa de 1962 foi ampliada pelo Motu Proprio Summorum Pontificum, de 2007, que facilitou o acesso ao rito tradicional. Contudo, a política mudou com Traditionis Custodes, que buscou controlar sua prática devido a preocupações com divisões internas na Igreja.

Perspectivas futuras

Especialistas e representantes de grupos tradicionais aguardam mais esclarecimentos oficiais e possíveis novas ações do Vaticano. A expectativa é de que, se confirmada a ampliação de permissões, haja um movimento de maior reconciliação em relação à missa antiga em âmbito global, promovendo maior diversidade litúrgica na Igreja Católica.

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