Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Espírito Santo registra maior aumento no preço do ovo no Brasil

O preço do ovo no Espírito Santo atingiu um dos maiores patamares do país, impulsionado pela redução das exportações brasileiras para os Estados Unidos, devido ao tarifaço imposto por Donald Trump. Essa medida suspendeu parcialmente o mercado externo, causando impactos na cadeia de produção e na oferta interna do produto.

Crise internacional e preços elevados no mercado interno

Desde o início de 2025, o Brasil enfrentou uma forte alta no preço do ovo, especialmente após a implementação da sobretaxa de 50% pelos Estados Unidos, seu principal mercado externo. Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o valor do produto disparou em estados como Espírito Santo, onde os preços já registraram aumento de até 60% na última semana.

Com a redução das exportações — que passaram de mais de 5.000 toneladas em junho para apenas 41 toneladas em outubro — o setor nacional sofreu forte impacto na venda para o mercado externo. A medida de Trump prejudicou especialmente a indústria do Espírito Santo, que concentra grande parte da produção destinada à exportação.

Impacto na cadeia produtiva e no consumo interno

Mesmo com a queda nas exportações, a demanda interna por ovos permanece elevada, o que contribui para a alta de preços. Na comparação entre janeiro e outubro de 2024 com o mesmo período de 2025, as vendas internas tiveram aumento de mais de 1.000%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do ovo em supermercados do Espírito Santo chegou a R$ 12,50 a dúzia, número recorde para o estado.

Especialistas avaliam que a crise na produção americana, causada pelo surto de gripe aviária, também influencia o mercado interno, por afetar a oferta global, além de elevar os custos de reprodução de aves no Brasil.

Perspectivas e medidas para o setor

De acordo com Ricardo Santin, presidente da ABPA, a busca por alternativas de mercado é prioridade, com a exploração do Japão e do Chile. As exportações para o Japão subiram 230% até outubro, mas ainda representam uma parcela menor do que as vendas externas anteriores.

O Brasil deve fechar 2025 com uma produção de aproximadamente 62 bilhões de ovos, podendo chegar a 66 bilhões em 2026, com um consumo de 287 ovos por habitante, tendência que deve subir para 307 ovos no próximo ano.

Autoridades e empresários do setor avaliam que, para conter a escalada de preços, será necessário aprimorar a sanidade do rebanho e ampliar as exportações para novos mercados, minimizando os efeitos de crises internacionais, como a que afeta os ovos americanos atualmente.

Enquanto isso, consumidores no Espírito Santo enfrentam o impacto na mesa, com preços mais altos e menor disponibilidade do produto na rede de supermercados. A continuidade da crise nos EUA deve manter a instabilidade no mercado interno nos próximos meses.

Para saber mais, acesse a matéria completa no G1.

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