Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Morre aos 52 anos o bispo albanês conhecido por sua fé e testemunho na Igreja pós-comunista

A Fundação pontifícia Aid to the Church in Need (ACN) anunciou a morte repentina do bispo Simon Kulli, de Sapë, no norte da Albânia, aos 52 anos, no sábado, 29 de novembro. O prelado, colaborador próximo da ACN e voz importante na Igreja albanesa, faleceu em um momento de grande influência, após uma trajetória marcada pelo testemunho de fé em meio à repressão comunista.

Uma vocação nascida do sofrimento dos mártires albaneses

Kulli, uma das primeiras gerações de sacerdotes formados após a queda do regime comunista que marcou a Albânia do século XX, contou em uma visita à sede internacional da ACN, neste ano, como sua vocação religiosa foi inspirada pela coragem dos sacerdotes que sofreram durante a repressão. Ele relembrou o momento em que viu um padre preso há 28 anos celebrar a missa em latim em sua paróquia, após a liberdade religiosa ser restabelecida.

“Esse foi o momento em que senti minha vocação. Ver aquele sacerdote sofrido, que tinha dificuldades para celebrar a missa por causa dos anos na prisão, me inspirou a desejá-lo substituir um dia”, afirmou em entrevista ao site da ACN (documento). Sua história, marcada pelo martírio e pela esperança, refletia o drama vivido pela Igreja na Albânia durante décadas de perseguição.

Testemunho de esperança e resistência na Igreja albanesa

Filho de uma geração que conviveu com os chamados “mártires vivos” do país, Kulli foi profundamente impactado pelos relatos de sacerdotes, religiosos e leigos torturados e presos por manterem sua fé. Essas experiências alimentaram sua esperança e fortaleceram seu compromisso com a Igreja.

Além de exercer seu ministério em sua diocese, o bispo também atuou como encarregado da Pastoral da Saúde na Conferência Episcopal da Albânia e foi membro do comitê executivo da Federação Europeia das Associações Católicas de Médicos. Em 2016, celebrou a beatificação de 38 mártires albaneses, dois dos quais em 2024, reafirmando a força do sangue dos mártires na vocação e na história do país.

Durante sua última participação em uma visita da ACN às dioceses albanesas, Kulli expressou sua gratidão pelas ajudas recebidas, destacando a importância do apoio da Igreja internacional na resistência e na evangelização local.

Mensagem final de fé diante da morte

No seu último entrevista ao pontifício, o bispo deixou uma mensagem forte aos cristãos perseguidos: “Depois da morte, sempre há ressurreição… Permanecam firmes, sem medo… porque Cristo sempre vence… com Cristo, é possível superar qualquer dificuldade.”

A ACN destacou que “o testemunho de fé, humildade e alegria do bispo Simon Kulli será uma semente frutífera para a Igreja na Albânia. Que ele descanse em paz eterna!”

(Continua abaixo)

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Esta matéria foi publicada originalmente pela ACI Prensa, parceiro de notícias em espanhol da CNA. Foi traduzida e adaptada pela CNA.

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