O arcebispo de Teresina, dom Juárez Marqués, declarou na última semana que Maria, mãe de Jesus, não deve ser considerada co-redentora na teologia católica. A afirmação ocorre após a publicação do documento Mater Populi Fidelis, divulgado pela Congregação para a Doutrina da Fé em 3 de novembro.
Diretrizes do Vaticano sobre o título de co-redentora
No documento, a Igreja recomenda cautela na utilização de títulos como “co-redentora” para Maria, citando que “alguns nomes, como Mediadora de todas as graças, possuem limitações que dificultam uma compreensão correta do lugar de Maria na salvação”. Como explica o arcebispo, a Igreja busca evitar interpretações que possam gerar confusão sobre o papel exclusivo de Jesus Cristo como salvador.
Maria, mãe de Jesus e intercessora
Dom Juárez reforçou que a Igreja permanece fiel aos ensinamentos tradicionais, com Jesus sendo “nosso único Salvador”. “Maria é parte da vida de Cristo, da Igreja e de nossas vidas, mas de uma maneira diferente: ela é serva, nossa mãe e nossa intercessora”, afirmou.
O arcebispo destacou ainda que Maria, concebida sem pecado original e anunciada como mãe de Jesus, respondeu ao convite divino com o “Sim” que começou sua missão terrena ao aceitar ser a serva do Senhor.
Dogmas marianos fundamentais na Igreja Católica
Sobre os dogmas dedicados a Maria, o prelado destacou que há quatro verdades de fé que são dogmas, ou seja, verdades que não podem ser questionadas:
- Maria é a Mãe de Deus: Documento definido no Concílio de Éfeso, em 431, afirmando que Jesus, sendo verdadeiro Deus e homem, é o filho de Maria.
- Virgindade perpétua: Maria foi virgem antes, durante e depois do parto de Jesus.
- Imaculada Conceição: Maria foi concebida sem pecado original.
- Assunção: Maria foi levada ao céu de corpo e alma.
Sobre os santos na doutrina católica
O arcebispo esclareceu que a Igreja venerza os santos, mas nunca os adora, pois a adoração é apenas devida a Deus. Os santos são considerados exemplos de vida e intercessores junto a Ele, tendo vivido imitando Cristo e sendo reconhecidos pela Igreja após a canonização.
“Eles são testemunhas de fé que ajudam e intercedem por nós, porque estão próximos de Deus”, afirmou. A presença de relicários e imagens deles nos altares reforça esse reconhecimento.
Para mais detalhes, a nota completa foi inicialmente publicada pela ACI Digital, parceiro de notícias em português da CNA, e foi adaptada para este artigo.
(Matéria atualizada em 3 de dezembro de 2025 às 09h00)

