Brasil, 27 de dezembro de 2025
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PL convoca reunião de emergência após declarações de Michelle Bolsonaro

Em meio a uma crescente crise interna, o PL (Partido Liberal), liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, convocou uma reunião de emergência frente às críticas contundentes da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. As declarações de Michelle, realizadas no último domingo, geraram desconforto dentro da legenda em relação à aliança com o ex-governador Ciro Gomes, do PSDB, no Ceará.

O impacto das críticas no PL

A reunião, marcada para terça-feira (2), às 15h, na sede do PL, contará com a presença de Michelle, do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, do senador Flávio Bolsonaro e do líder da oposição no Senado, Rogério Marinho. Os líderes do partido pretendem discutir a situação delicada criada pelas falas da ex-primeira-dama, que consideraram provocativas e que ameaçam a unidade do partido.

Uma “hecatombe” interna

Segundo fontes do PL, a intenção principal da reunião é “dar uma enquadrada” em Michelle, que, de acordo com um membro da sigla, se tornou um “agente de desestabilização”. O sentimento entre os líderes do PL é de que as declarações da ex-primeira-dama precipitaram uma “hecatombe” no partido, alienando aliados e criando uma onda de insegurança.

No último domingo, ao lançar a pré-candidatura do senador Eduardo Girão ao governo do Ceará, Michelle teceu severas críticas à aliança de seus correligionários com Ciro Gomes. “Essa aliança vocês se precipitaram em fazer”, declarou, chamando a ligação de “precipitada” e reafirmando sua lealdade a Girão.

Tensão entre aliados

A tensão entre a ex-primeira-dama e a cúpula do PL ficou ainda mais evidente quando Flávio Bolsonaro se manifestou sobre a situação. Ele descreveu os comentários de Michelle como “autoritarismo” e exemplificou como ela “atropelou” a liderança do partido, especialmente a do deputado André Fernandes, que articulou a aliança com Gomes. Flávio expressou que o modo como Michelle se dirigiu a ele foi “constrangedor” para muitos membros da legenda.

Esse tipo de fricção interna pode ter consequências diretas nas próximas eleições e na coesão do PL, que ainda tenta se reerguer após a polarização eleitoral e a saída de Bolsonaro da presidência. O partido se vê agora em um cenário complexo, onde a gestão de disputas internas é imprescindível para manter a base unida e competitiva.

A história por trás das críticas

As críticas de Michelle a Ciro Gomes não são apenas políticas; elas também são pessoais. Isso se deve ao fato de que Ciro, enquanto ainda estava no PDT, encaminhou uma ação ao TSE que resultou na inelegibilidade de Jair Bolsonaro por um período de oito anos, fato que deixou marcas profundas na relação entre os Bolsonaro e o ex-governador.

Durante seu discurso, Michelle ainda reforçou seu amor por André Fernandes, mas a rejeição a Gomes é claramente uma questão que transcende a política. Para ela, fazer alianças com figuras que ela considera opostas ao ‘maior líder da direita’ é um affront ao que defende.

O futuro do PL em meio a descontentamentos

Esta situação não é apenas uma disputa interna, mas representa um descontentamento mais amplo com a estratégia política do PL. Em um contexto onde a união é fundamental para o sucesso nas urnas, a crise por qual o PL passa pode impactar diretamente sua atuação nas próximas eleições. A ex-primeira-dama, agora muito mais ativa na política, pode influenciar significativamente a posição do partido, tanto positivamente quanto negativamente.

O PL, que tem suas raízes fincadas no suporte a Bolsonaro, precisará encontrar uma forma de navegar pelas tensões internas e ao mesmo tempo solidificar alianças externas. À medida que a reunião de emergência se aproxima, as expectativas são altas sobre como as lideranças do partido irão responder às preocupações levantadas por suas figuras mais proeminentes.

Com o desenrolar desta história, o futuro do PL passa a ser uma questão de sobrevivência política, especialmente em períodos eleitorais, onde a coesão é vital para resgatar a confiança dos eleitores e manter a relevância no cenário político brasileiro.

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