Brasil, 28 de dezembro de 2025
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Caso de feminicídio em Goiás: mulher é morta pelo ex-companheiro

Rosilene Barbosa solicitou medida protetiva contra seu ex-marido, que a matou a tiros após encontrá-la em Rio Verde.

Goiânia – O caso trágico da técnica de enfermagem Rosilene Barbosa do Espírito Santo, de 38 anos, chocou a população de Goiás. A mulher foi morta à queima roupa em um crime brutal ocorrido no último sábado (29/11), em Rio Verde, sudoeste goiano. Assassinos em potencial continuam a ser uma preocupação nas ruas, e a situação de Rosilene revela a urgência de mecanismos eficazes de proteção às vítimas de violência doméstica.

A tragédia acontece na frente de uma distribuidora

O crime aconteceu em frente a uma distribuidora de bebidas, um local onde a vigilância por câmeras de segurança se tornou fundamental para a apuração do caso. Edis Ramos Mandacari, ex-marido de Rosilene, havia conseguido localizá-la mesmo após a mulher ter se abrigado na casa de uma amiga, temendo por sua segurança. O encontro fatídico ocorreu quando Edis se aproximou da vítima e efetuou pelo menos quatro disparos, alcançando Rosilene sem qualquer possibilidade de defesa.

As imagens das câmeras de segurança mostram Edis chegando em um carro branco e tentando disfarçar sua intenção fatídica. Ele avança em direção à técnica de enfermagem, que só percebe sua presença de forma trágica, quando já era tarde demais.

Motivação e desfecho do crime

Após o ato violento, Edis foi encontrado já sem vida. Testemunhas relatam que ele cometeu suicídio em um local distante, tendo uma marca de disparo em sua cabeça, o que levantou suspeitas de um suicídio após o feminicídio.

Histórico de violência

O caso está sendo tratado como feminicídio seguido de suicídio, e as investigações estão em andamento. De acordo com o delegado Adelson Candeo, Rosilene havia solicitado uma medida protetiva contra Edis apenas dias antes do crime, em resposta a uma série de ameaças. A situação expõe a fragilidade da proteção que a lei oferece às mulheres vítimas de violência.

A mulher e o agressor estavam aparentemente em um relacionamento marcado por longos anos de abusos psicológicos, agressões verbais e ameaças constantes. Rosilene relatou episódios de violência que incluíam xingamentos, destruição de seus bens, e tentativas de controle sobre sua vida.

Uma luta pela liberdade

O terrível dia de 21 de novembro foi um ponto de virada para a vítima. Ao comunicar a Edis seu desejo de separação e de tratar da divisão de bens, Rosilene enfrentou reações extremas por parte do ex-marido, que expressou suas intenções suicidas e ameaçou a vida dela. Isso culminou em uma sequência de ataques verbais e físicos, com o homem enforcando Rosilene e fazendo ameaças de morte.

Em uma das diversas situações de crise, Rosilene conseguiu escapar assistida por uma escada, buscando refúgio na casa de uma vizinha que teve a sensibilidade de acionar a polícia. O contínuo ciclo de violência e controle culminou em um desfecho trágico que agora demanda uma reflexão aprofundada acerca do papel da sociedade e do Estado na proteção de suas cidadãs contra a violência.

Reflexão sobre a violência de gênero

Este trágico acontecimento visa lançar luz sobre o problema do feminicídio no Brasil e a necessidade urgente de medidas que garantam a proteção das mulheres em situações de risco. Casos como o de Rosilene devem ser um chamado à ação não apenas para as autoridades, mas para toda a sociedade. O fortalecimento das políticas públicas e o apoio a iniciativas que visem a prevenção da violência de gênero são essenciais para que tragédias como esta não se repitam.

Rosilene Barbosa é um lembrete doloroso de que a luta contra a violência doméstica ainda está longe de ser vencida. Que sua história ecoe na necessidade de mudança e de uma abordagem mais séria e comprometida para proteger as vidas das mulheres no Brasil.

Para mais informações, confira as atualizações do caso neste link.

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