Na última sexta-feira, a Casa Branca lançou uma nova página em seu site, intitulada “ofensores da mídia”, que lista sites de notícias, repórteres e histórias que, segundo o governo, enganaram o público. Essa iniciativa visa confrontar a corrupção das informações que circulam na mídia atual, onde a desinformação está em alta.
Top publicações citadas como “ofensores da mídia”
Entre as publicações destacadas como “ofensores da mídia da semana” estão o Boston Globe, CBS News e o Independent. Repórteres dessas mídias foram apontados por reportagens sobre um vídeo controverso divulgado na semana anterior, onde seis congressistas democratas, todos veteranos militares ou ex-oficiais de inteligência, alertaram os membros das Forças Armadas que não são obrigados a seguir ordens ilegais.
No vídeo, os legisladores afirmaram: “Atualmente, as ameaças à nossa Constituição não vêm apenas do exterior, mas também daqui, de casa”. Eles continuaram dizendo: “Nossas leis são claras: você pode recusar ordens ilegais. Você deve recusar ordens ilegais. Ninguém deve executar ordens que violem a lei ou nossa Constituição”.
A página dos “ofensores da mídia”
A nova seção do site da Casa Branca inclui um “salão da vergonha” com uma lista de histórias que considera mentirosas. Cada uma delas é explicada e categorizada sob rótulos como “mentira”, “omissão de contexto” ou “lunaticismo de esquerda”. A Casa Branca definiu o site como “um registro das histórias falsas e enganosas da mídia”, acentuando sua postura crítica em relação à cobertura midiática.
Adicionalmente, a página traz uma lista de sites de notícias considerados pelos Trump como responsáveis por reportagens incorretas, com o Washington Post liderando a lista, seguido por MSNBC (recentemente rebatizada como MS NOW), CBS News, CNN, The New York Times, Politico, e The Wall Street Journal.
Escalada nas tensões entre a administração Trump e veículos de mídia
Todos os veículos na lista, juntamente com outros, devolveram seus crachás de imprensa do Pentágono no mês passado após se oporem a novas regras impostas pelo Departamento de Defesa. Essas regras deixariam os jornalistas vulneráveis à expulsão caso reportassem informações que não tivessem sido previamente aprovadas pelo Secretário de Defesa, Pete Hegseth.
A administração Trump também tem se envolvido em batalhas judiciais em um ano conturbado contra publicações como The New York Times, CBS News, ABC News, The Wall Street Journal e Associated Press.
A hostilidade de Trump em relação a jornalistas mulheres
A luta mais ampla da administração com os veículos de comunicação também tomou um tom pessoal. Nas últimas semanas, Trump enfrentou críticas por insultar jornalistas do sexo feminino. Esta semana, o presidente chamou uma repórter do The Times de “feia” após ela co-escrever um relatório baseado em dados sobre sinais de envelhecimento do presidente. Trump, que tem 79 anos, também gerou controvérsia duas semanas atrás ao dizer a uma repórter da Bloomberg que ela deveria “calar a boca, porca”, quando ela tentou fazer uma pergunta adicional sobre os e-mails de Jeffrey Epstein, o financista desonrado e criminoso sexual.
Essa nova abordagem da Casa Branca não apenas reflete a crescente tensão entre o governo e a mídia, mas também levanta questões sobre a liberdade de imprensa e a responsabilidade dos jornalistas perante a verdade. Enquanto o governo busca controlar a narrativa, a integridade do quarto poder permanece em constante vigilância.
A matéria contou com informações da Associated Press.
Editado por: Louis Oelofse


