Brasil, 23 de dezembro de 2025
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Menino de 6 anos morre após erro na aplicação de adrenalina em hospital de Manaus

Benício Xavier de Freitas faleceu após receber dose endovenosa de adrenalina em hospital; caso está sob investigação.

No último fim de semana, a trágica morte de Benício Xavier de Freitas, um menino de apenas 6 anos, trouxe à tona graves questões sobre a administração de medicamentos em um hospital particular de Manaus, Amazonas. O incidente, que já está sendo investigado pela Polícia Civil do Amazonas (PCAM), ressalta a importância da precisão na prescrição médica e os riscos que podem advir de erros no atendimento médico.

Histórico do caso

Benício foi levado ao hospital após apresentar tosse seca e suspeita de laringite. Segundo informações, a médica que atendeu o garoto recomendou uma série de intervenções, incluindo lavagem nasal, soro e a administração de três doses de adrenalina, cada uma com 3 miligramas, através de um sistema endovenoso a ser aplicado a cada 30 minutos. As orientações foram prontamente seguidas pela equipe de enfermagem da unidade.

Erro na prescrição e suas consequências

Após a administração da primeira dose de adrenalina, Benício sofreu uma reação adversa grave, que acabou levando à sua morte. Mensagens trocadas entre a médica e o diretor de plantão revelaram a gravidade do erro: a profissional admitiu que deveria ter prescrito a inalação com adrenalina, e não a aplicação endovenosa. “O paciente desmaiou. Pelo amor de Deus. Eu errei a prescrição”, relatou a médica em um momento de desespero. Ela pediu ajuda imediata, ressaltando que o menino estava apresentando sintomas alarmantes, como coloração amarelada da pele.

A reação da família e investigações

A morte de Benício na madrugada de domingo (23/11) deixou a família devastada e em busca de respostas. Em entrevista ao portal Imediato Online, a mãe do menino expressou sua indignação e acusou a médica de negligência, afirmando que a profissional parecia desorientada durante o atendimento. “Ela não sabia o que fazer, não saía do telefone. A impressão que passava para a gente é que alguém estava a orientando pelo telefone”, desabafou. Já o pai de Benício aguarda um desfecho da investigação, clamando por justiça: “Há detalhes conflitantes. Nós só estamos buscando a verdade, a justiça.”

A importância da investigação

A Polícia Civil começou a coletar depoimentos da família e dos profissionais de saúde que estavam envolvidos no caso. O desfecho dessa investigação é esperado com grande atenção, dado o impacto que ela pode ter não apenas para a família de Benício, mas para todo o sistema de saúde local. A situação levanta serias discussões sobre a necessidade de protocolos rígidos no atendimento de crianças e na administração de medicamentos, especialmente em casos críticos.

Erros médicos podem acontecer, mas a prevenção deles é uma responsabilidade coletiva, envolvendo não apenas os profissionais de saúde, mas também o apoio e a vigilância dos familiares e da sociedade. Espera-se que este caso sirva de alerta e incentive melhorias na formação médica e em procedimentos hospitalares, para garantir que tragédias como a de Benício não se repitam.

O caso segue em investigação, e o luto de uma família ainda busca respostas para a dor da perda.

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