Brasil, 27 de dezembro de 2025
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Tarcísio de Freitas defende prisão perpétua e endurecimento das leis

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, propõe medidas drásticas contra o crime, incluindo a prisão perpétua, durante evento.

O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), levantou polêmica ao defender o endurecimento das leis penais e sugeriu que a discussão sobre a instituição da prisão perpétua no Brasil não é absurda. Sua declaração ocorreu durante um evento promovido pela XP Asset Management, onde o político abordou temas relevantes como economia, segurança pública e sua visão sobre a proximidade das eleições. Em meio à incerteza sobre quem representará a direita contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026, Tarcísio expressou sua determinação em enfrentar a criminalidade com mais rigor.

A necessidade de endurecimento nas leis

Tarcísio argumenta que uma mudança substancial na legislação é essencial para combater a criminalidade de forma eficaz. Ele afirmou: “A mudança de legislação é bem-vinda. É necessária. Eu defendo algumas mudanças que sejam até radicais. Que a gente comece a realmente enfrentar o crime com a dureza que o crime merece enfrentado. Eu não acho, por exemplo, nenhum absurdo ter a prisão perpétua no Brasil.”

Atualmente, a Constituição Brasileira proíbe a pena de prisão perpétua, conforme estabelecido no artigo 5º, inciso 47, que afirma que “não haverá penas de caráter perpétuo”. O tempo máximo de detenção permitido no Brasil é de 40 anos. Apesar disso, a proposta de Tarcísio levanta discussões sobre a eficácia e a ética de penas mais drásticas.

Exemplo de El Salvador

No evento, o governador citou como exemplo a política de segurança pública adotada por El Salvador, sob a liderança do presidente Nayib Bukele. Ele elogiou a “guerra” declarada contra organizações criminosas, que, segundo Tarcísio, resultou na redução significativa dos crimes violentos no país. Bukele implementou uma série de medidas severas que incluem a detenção de mais de 83 mil indivíduos sem ordens judiciais, o que gerou críticas de organizações internacionais de direitos humanos.

— Eu acho que a gente tem que aproveitar para dar repassar aquilo que a gente está fazendo. Mal comparando, vamos ver o que o Bukele fez em El Salvador. O que era e o que é — ressaltou Tarcísio, enfatizando a necessidade de uma abordagem mais rigorosa no Brasil.

Desafios eleitorais e a figura de Bolsonaro

Ao discutir o cenário político, Tarcísio mencionou que a definição do candidato da direita para as eleições de 2026 deverá ocorrer no início do próximo ano e não vê necessidade de pressa. Ele defendeu a figura de Jair Bolsonaro como “grande liderança” do campo conservador e ressaltou que a influência do ex-presidente será crucial na escolha do candidato.

— Nós temos aí alguns atores, algumas situações para organizar. A gente tem a grande liderança da direita passando por um processo de isolamento, um processo complicado. A gente tem que ajudar essa grande liderança, que é o presidente Bolsonaro, que vai ter um papel relevante nessa montagem — afirmou.

Reflexão sobre reformas e a economia

Tarcísio também abordou a necessidade de reformas profundas no Brasil, independentemente de quem vença as eleições. Segundo ele, se o PT triunfar, o partido terá que implementar reformas necessárias para evitar uma “quebra” econômica. Ele acredita que o partido não terá disposição para agir contra sua própria base eleitoral.

— O Brasil precisa de reformas profundas, e se o PT não agir, corre o risco de a situação se deteriorar ainda mais — disse, sugerindo que a agenda econômica deve seguir o modelo do anterior ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes.

Em suas considerações, Tarcísio mencionou a importância de princípios como desregulamentação e digitalização, e defendeu uma composição do Congresso que tenha um viés liberal e reformista.

— O Congresso tem um caráter liberal e absolutamente reformista, a fim de entregar para o Brasil um projeto interessante — concluiu, criticando a relação conturbada entre o atual governo e o legislativo.

As declarações de Tarcísio de Freitas suscitaram intensos debates, especialmente a proposta de prisão perpétua, um tema que desafia a moral e a ética do sistema penal brasileiro. O governador se posiciona como uma figura proeminente na busca por uma alternativa política à esquerda, enquanto também enriquece a discussão sobre a segurança pública e suas repercussões na sociedade.

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