Brasil, 9 de dezembro de 2025
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Banco Central aponta desaquecimento lento da economia brasileira

Dados recentes indicam desaceleração gradual da economia, com expectativa do BC de manter juros até atingir meta inflacionária

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira que a economia brasileira apresenta um processo de desaquecimento “lento e gradual”. Ele destacou que a instituição continuará mantendo a taxa de juros no patamar necessário pelo tempo que for preciso para alinhar as expectativas do mercado à meta inflacionária de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual.

Desaceleração lenta e trajetória alinhada ao plano

Durante evento organizado pelo Itaú Asset em São Paulo, Galípolo reforçou que os dados recentes demonstram uma desaceleração nova e controlada. “A gente gostaria que a convergência da inflação fosse mais rápida, mas, por outro lado, isso também afasta o risco de uma desaceleração muito abrupta na economia. Acho que estamos no caminho correto”, afirmou.

Medidas neutras que estimulam demanda

Galípolo comentou ainda que, nos últimos anos, têm sido adotadas ações consideradas neutras do ponto de vista orçamentário, como aumentos de gastos compensados por receitas ou cortes, contudo essas medidas acabam estimulando a demanda e pressionando a inflação. Segundo ele, esse efeito reforça a necessidade de manter uma política monetária firme.

Inflação de serviços e impactos atuais

Outro ponto destacado pelo presidente do BC foi a inflação de serviços, que permanece incompatível com a meta. Ele explicou que, considerando o nível de emprego atual, seria esperado que os preços no setor estivessem mais pressionados, mas isso ainda não ocorre. “Isso mostra que há fatores específicos no setor que precisam ser monitorados”, reforçou Galípolo.

Temas em evidência no radar do BC

Entre outros temas, o Banco Central acompanha as incertezas geradas pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, questionando se os efeitos sobre os preços serão temporários ou mais disseminados. Além disso, há atenção aos impactos do avanço da inteligência artificial (IA), especialmente no mercado de trabalho e na formação de preços.

Por ora, a orientação do Banco Central é de manter a rigidez na política monetária até que a inflação indique convergência sólida à meta. As próximas decisões dependem da evolução dos dados econômicos e do cenário internacional.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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