Brasil, 27 de dezembro de 2025
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Senadores se mobilizam para apoio a Jorge Messias no STF

Ministros do STF, indicados por Bolsonaro, apoiam Jorge Messias na sua busca pela aprovação da sabatina no Senado.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), está recebendo apoio significativo de ministros da Corte, André Mendonça e Kássio Nunes Marques. Ambos, que foram nomeados para o tribunal por Jair Bolsonaro, têm se mobilizado para conquistar a simpatia de senadores, especialmente aqueles da oposição, em uma tentativa de facilitar a aprovação da indicação.

A mobilização dos ministros do STF

Nos últimos dias, Mendonça tem se empenhado pessoalmente em conversas com senadores, destacando a trajetória de Messias. Ele tem enfatizado que o indicado de Lula não é um militante e possui um perfil técnico e religioso. O ministro, que já enfrentou sua própria batalha para ser aprovado no Senado, acredita que a imagem de Messias não representa um aumento da influência do governo no tribunal e possui a experiência necessária para garantir autonomia e independência em sua atuação. De acordo com parlamentares que receberam ligações de Mendonça, ele tem utilizado sua credibilidade para reforçar a importância da aprovação de Messias. Kássio Nunes Marques também está participando desse esforço, alinhando-se com a estratégia de Mendonça.

Pressão do Senado e a estratégia do governo

A situação torna-se ainda mais complexa com a pressão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que marcou a sabatina para o dia 10 de dezembro. A decisão de acelerar o processo coloca o governo em uma posição delicada, pois há apenas nove dias entre a leitura da mensagem presidencial e a sabatina. Esse curto período limita as oportunidades para que Messias se reúna com senadores, o que é considerado essencial para conquistar apoio. Esses desafios se intensificam devido à resistência enfrentada pelo Planalto na condução da indicação de Messias.

Enquanto isso, os aliados do governo buscam maneiras de adiar a sabatina, para dar espaço a uma campanha mais robusta de apoio. A tentativa de persuadir o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a reconsiderar a data demonstra os esforços do governo em buscar uma alternativa que possibilite uma maior mobilização dos parlamentares a favor de Messias.

A reação do governo

O líder do governo, Jaques Wagner, comentou sobre a situação: “Eu não tenho o poder de desmarcar, mas há muitas pessoas ponderando que está muito em cima.” Essa declaração destaca a insegurança do governo em relação à rapidez com que a sabatina foi agendada e a pressão que isso exerce sobre a construção de um consenso em torno da indicação de Messias.

Os encontros de Jorge Messias e as alianças

Mesmo diante das dificuldades, Messias está ativo em suas interações com senadores. Nessa quarta-feira, ele tem uma série de encontros programados, incluindo uma reunião com uma de suas principais aliadas no Senado, a senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão. Estabelecer um bom relacionamento com senadores que podem ajudar em sua nomeação é crucial nesta fase.

O cenário político e os desafios à frente

A investida de Messias ocorre em um contexto político tenso. A pressa em pautar a sabatina por Alcolumbre é vista por muitos como uma estratégia deliberada para abrir um novo confronto entre o Senado e o Planalto. Essa situação não apenas pode aumentar o desgaste do governo, mas também oferece à oposição uma oportunidade para criticar e expor vulnerabilidades do atual governo, especialmente após a recente condenação de Jair Bolsonaro. Com os ânimos elevados, a oposição está mobilizada para utilizar esse cenário a seu favor, integrando a urgência da votação como uma arma de pressão.

Diante desse panorama, é evidente que Lula terá que se envolver diretamente nas negociações para conquistar a confiança de senadores independentes e aqueles que se sentiram deixados de lado durante o processo de escolha do indicado. O futuro de Jorge Messias no STF dependerá não apenas da habilidade dele, mas também da capacidade do governo em articular suporte político.

Com uma missão clara à frente, e a pressão crescente no Senado, os próximos dias serão cruciais para determinar se Jorge Messias conseguirá a aprovação necessária para se tornar o novo integrante do Supremo Tribunal Federal.

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