Brasil, 24 de dezembro de 2025
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Juros bancários atingem maior patamar em mais de oito anos

A taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas sobe para 46,3% ao ano, o maior desde julho de 2017

Nesta quarta-feira (26), o Banco Central divulgou que a taxa média de juros praticada pelos bancos subiu 0,8 ponto percentual em outubro, fechando o mês em 46,3% ao ano. Este é o maior nível desde julho de 2017, quando atingiu 46,5%, em um período de mais de oito anos.

Elevação dos juros e impacto na economia

O aumento dos juros ocorre em meio ao elevado nível da taxa básica de juros da economia, a Selic, que foi mantida em 15% ao ano em novembro — o maior patamar em quase duas décadas. Segundo o Banco Central, os recursos livres, que excluem os setores habitacional, rural e o BNDES, foram considerados na análise.

Para as operações com empresas, a taxa subiu de 24,2% ao ano em setembro para 25,2% ao ano em outubro, atingindo o maior nível desde julho de 2017, quando chegou a 25,4%. Já nas operações com pessoas físicas, o juros passou de 58,3% ao ano em setembro para 58,7% ao ano em outubro, o maior desde junho deste ano, com 59% ao ano.

Cheque especial e cartão de crédito

Apesar de o juro do cheque especial ter registrado leve recuo de 140,7% para 139,3% ao ano, a taxa média de juros do cartão de crédito rotativo caiu de 443,7% para 439,8% ao ano — uma redução de 3,9 pontos percentuais. Ainda assim, ambos os valores permanecem em patamares proibitivos, especialmente o rotativo, considerado a linha de crédito mais cara do mercado financeiro.

O aumento nos juros, mesmo com a limitação do Conselho Monetário Nacional (CMN) para o cartão de crédito, que passou a limitar o valor total da dívida a 200% do valor original, reflete a persistência do cenário de elevada taxa básica e de juros na economia.

Crédito bancário e tendências

O volume total de crédito bancário no mercado cresceu 0,9% em outubro, atingindo R$ 6,9 trilhões, com destaque para o aumento de 1,3% no crédito às pessoas físicas, que soma R$ 4,3 trilhões. O crédito às famílias teve crescimento de 1,6% desde janeiro e de 12,8% em doze meses.

Destacam-se ainda os avanços no crédito para aquisição de veículos (+1,4%), crédito pessoal não consignado (+2,1%) e crédito consignado para trabalhadores do setor privado (+9,6%), sinalizando uma recuperação gradual do mercado de crédito no País.

Segundo o Banco Central, essas altas nos juros refletem o esforço da política monetária de conter a inflação, embora agravem o custo do financiamento para empresas e consumidores e afetem o consumo e os investimentos.

Para mais informações, acesse a matéria completa no G1 Economia.

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