Brasil, 9 de dezembro de 2025
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Dólar sobe 0,09% e Ibovespa inicia com otimismo nesta quarta-feira

Investidores monitoram indicadores econômicos no Brasil e dados internacionais após fim do shutdown nos EUA

Nesta quarta-feira (26), o dólar abriu em alta de 0,09%, cotado a R$ 5,3808, enquanto o Ibovespa começa as negociações às 10h com boa perspectiva de recuperação. Os agentes do mercado estão atentos aos indicadores econômicos do Brasil e ao cenário externo, especialmente após o fim da paralisação do governo dos Estados Unidos, que impacta a economia global.

Agenda econômica e influência no mercado

O dia será marcado por divulgações importantes, como o Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado às 9h pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em novembro, o indicador apresentou queda de 0,7 ponto, atingindo 89,1 pontos, refletindo pessimismo na avaliação da situação atual da indústria nacional.

Às 9h, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o IPCA-15 de novembro, uma prévia da inflação oficial, que registrou alta de 0,20%. Às 10h, o mesmo instituto publica dados sobre as finanças públicas e a conta intermediária do governo para 2024. Essas informações influenciam as perspectivas para o mercado cambial e de ações.

Indicadores monetários e riscos sistêmicos

O Banco Central do Brasil (BC) divulgou às 8h30 as estatísticas de crédito e monetárias referentes a outubro, reforçando a estabilidade do sistema financeiro. Mais tarde, às 14h30, a autoridade monetária apresenta o fluxo cambial, que mede a entrada e saída de dólares do país, além do Resultado Primário do Governo Central.

Na manhã desta quarta, o BC também confirmou que a liquidação do Banco Master, decretada na semana passada, não representa risco ao sistema financeiro nacional. Segundo o órgão, o banco responde por 0,57% do ativo total do sistema, e a avaliação aponta que o incidente não ameaça a estabilidade financeira, apesar de reforçar a necessidade de aprimoramento nos controles de risco das instituições.

Fatores políticos, fiscais e internacionais

No cenário interno, o Senado vota às 14h um acordo de comércio eletrônico do Mercosul, firmado em 2021. Ainda na manhã, às 9h30, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) analisa projeto que aumenta a tributação sobre bancos e fintechs.

O presidente Lula sanciona nesta manhã a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil a partir de 2026, em cerimônia no Planalto às 10h30. O projeto, aprovado por unanimidade no Senado, também cria uma faixa de desconto para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350.

Na agenda internacional, os EUA divulgam os pedidos semanais de seguro-desemprego às 10h30, enquanto o Federal Reserve (Fed) publica às 16h o Livro Bege, relatório que avalia a economia americana e orienta a política monetária.

Desempenho do mercado nesta semana

O dólar acumula queda de 0,46% na semana e mantém uma baixa de 0,07% no mês, com retração de 13% no acumulado do ano. O Ibovespa, por sua vez, registra avanço de 0,74% na semana e de 4,26% no mês, com alta de 29,62% no ano.

Inflação e desempenho do cenário local

O IPCA-15 de novembro aponta alta de 0,20%, maior que o registrado em outubro, quando a inflação desacelerou para 0,09%, o menor para novembro desde 1998. A principal pressão veio das despesas pessoais, que aumentaram 0,85%, seguidas de cuidados com a saúde e transportes.

O Banco Central reforçou que a liquidação extrajudicial do Banco Master, embora envolva polêmicas, não representa risco ao sistema financeiro, que continua robusto. O órgão destacou a necessidade de aprimorar controles internos das instituições financeiras para mitigar riscos cibernéticos e operacionais.

Perspectivas para os próximos dias

Nos próximos dias, o mercado aguarda a análise de dados econômicos americanos e a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve em sua próxima reunião, entre 9 e 10 de dezembro. Na política doméstica, a sanção do projeto de isenção do IR deve impactar as estratégias de consumo e investimento.

O cenário externo e interno indica continuidade na cautela dos investidores, que esperam por maiores sinais de trajetória da economia global e brasileira.

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Fonte: G1 Economia

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