Brasil, 25 de novembro de 2025
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Vice-líder do governo Lula descarta debate sobre anistia

Rogério Correia afirmou que não há clima no Congresso e no Supremo para a discussão do projeto de anistia em Brasília.

Nesta terça-feira (25/11), em uma manifestação realizada em frente à Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, o vice-líder do governo Lula na Câmara, Rogério Correia (PT), destacou que não há “nenhum clima” para que o debate sobre o projeto de lei da anistia avance. A declaração ocorre em um momento delicado, uma vez que Jair Bolsonaro (PL) se encontra preso preventivamente na mesma localização.

Rejeição à proposta de anistia

Durante seu discurso, Correia enfatizou que a anistia é considerada inconstitucional, mencionando que já existe jurisprudência a respeito. “Eu citei aqui o caso da [Nelson] Vieira. Ele não pôde ter indulto porque cometeu um crime contra a democracia, e isso é cláusula pétrea da Constituição, não pode ser alterado. Todo mundo sabe disso”, afirmou o parlamentar. Sua posição firmada reflete uma resistência clara em relação a quaisquer tentativas de谋derivação da lei que possa beneficiar Bolsonaro e seus apoiadores.

Movimentação da família Bolsonaro

A resistência de Rogério Correia aparece em um contexto onde a família do ex-presidente busca apoio para a anistia. O senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, foi até a prisão visitar o pai e declarou que Bolsonaro havia feito um pedido “direto” aos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, respectivamente, para que pautassem a anistia.

Correia expressou preocupação de que um movimento pela anistia poderia gerar uma “crise institucional”. “Eu tenho certeza que o presidente Hugo Motta não vai criar uma crise institucional apenas para que o Centrão acene para os bolsonaristas que querem o voto dele nas eleições do ano que vem. Seria uma atitude demagógica, intempestiva, antidemocrática e, ao mesmo tempo, eleitoral”, analisou.

Repercussão entre os parlamentares

A resistência à proposta de anistia não é unânime, e representantes de diferentes partidos têm se posicionado em relação ao tema. Enquanto alguns integrantes do Centrão demonstram abertura para discutir a proposta, a maior parte dos partidos de oposição e governistas, incluindo o PT, se manifestam contra a possibilidade de anistia a aqueles acusados de crimes contra a democracia.

Os debates em torno da anistia revelam o delicado momento político que o Brasil atravessa, marcada por divisões e polarizações. Decisões que envolvem o ex-presidente e seus aliados têm potencial para influenciar diretamente a sequência da legislatura e a próxima eleição. Essa situação, entre outros fatores, torna o atual cenário político ainda mais tenso e complexo.

Conclusão

Com as declarações de Rogério Correia, fica claro que a discussão sobre anistia permanece sem um clima favorável tanto no Congresso quanto no Supremo Tribunal Federal (STF). A posição do governo Lula, em consonância com muitos parlamentares, parece firme na defesa da inconstitucionalidade do projeto, refletindo a resistência em abrir portas para processos que possam fragilizar a democracia no Brasil.

À medida que as movimentações políticas continuam, a população brasileira observa atentamente como os desdobramentos desse caso e outras questões relevantes moldarão o futuro político do país.

Leia mais sobre a declaração de Rogério Correia

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