O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, gerou repercussões ao afirmar que a melhor maneira de diminuir a própria inflação é mudar de um estado azul para um vermelho. Em entrevista à Kristen Welker, no programa “Meet the Press”, ele afirmou que a inflação nos estados democratas é 0,5% mais alta devido à menor quantidade de regulações e preços mais elevados, principalmente na energia.
Reações à sugestão de Scott Bessent
As opiniões nas redes sociais foram de desconforto e incredulidade. Usuários se questionaram se vale a pena arriscar uma mudança tão drástica por uma diferença de meia porcentagem na inflação. “Homie quer que você se mude para economizar 50 centavos em um McDonald’s”, comentou um internauta.
Outros destacaram a desconexão da proposta com a realidade do cidadão comum. “Essa administração está tão desconectada. As únicas soluções sugeridas para quem enfrenta dificuldades na economia de Trump são: vestir melhor, mudar de estado ou parar de reclamar”, criticou um usuário. O columnista do New York Times, Nicholas Kristof, reforçou a brincadeira ao afirmar: “Sabe qual é a melhor maneira de diminuir sua expectativa de vida? Mudar de um estado azul para um vermelho. Os estados vermelhos têm uma expectativa 2,2 anos menor.”
Críticas à simplicidade das soluções culturais
Chasten Glezman Buttigieg ironizou a proposta, dizendo que, para um bilionário, tudo parece fácil: “Venda sua casa, quebre seu contrato de aluguel, deixe seu emprego, mude os filhos de escola, contrate mudadores (índices de custo elevado!), encontre um novo emprego e deixe sua família, amigos e comunidade para trás. É tão simples assim!”
Repercussões e impacto na opinião pública
O ator Henry Winkler também não deixou passar: “Por que não pensei nisso antes? É tão simples.” A sugestão gerou uma enxurrada de comentários zombando da facilidade com que alguns políticos parecem desprezar as dificuldades enfrentadas por cidadãos comuns. Enquanto isso, especialistas destacam que mudanças de estado podem gerar custos elevados, impactos emocionais e sociais profundos, difíceis de serem resumidos em meia porcentagem de inflação.
Analistas políticos e econômicos ressaltam que propostas como essa revelam uma desconexão com a realidade social e econômica do país, além de reforçar o esforço de alguns políticos em oferecer soluções simplistas para problemas complexos.
Perspectivas e próximo passo
Especialistas afirmam que ideias como essas reforçam a necessidade de debates mais sérios e fundamentados sobre políticas de combate à inflação e melhorias econômicas, que levem em conta a complexidade da realidade dos cidadãos.

