Brasil, 25 de novembro de 2025
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Plano dos EUA para intervenção militar na Venezuela: lições de 1989

Análises indicam que os Estados Unidos podem estar se preparando para uma intervenção na Venezuela, inspirado na operação contra Noriega em 1989.

O governo norte-americano sinaliza uma possível intervenção militar na Venezuela para desmantelar redes de tráfico de drogas e, potencialmente, derrubar o líder autocrático Nicolás Maduro. Essa estratégia remete ao modelo adotado pelos Estados Unidos na intervenção contra Manuel Noriega, em 1989, em Panam.

Histórico de intervenção: de Noriega à Venezuela

Nos anos 1980, Manuel Noriega foi aliado relutante dos EUA, atuando como infiltração na região, mas se tornou uma ameaça ao se envolver com o tráfico de drogas e repressão. Em 1988, foi indiciado por tráfico internacional, enquanto consolidava seu poder com ações violentas contra opositores.

O então presidente George H.W. Bush utilizou a operação militar em Panama para garantir a segurança dos interesses americanos e restaurar a estabilidade na região, enviando 27 mil soldados. A ação durou semanas e resultou na captura de Noriega, que foi condenado por tráfico, corrupção e lavagem de dinheiro.

Semelhanças e alertas na atuação na Venezuela

Hoje, o foco do governo Trump em Maduro se apoia na experiência com Noriega — uma intervenção que, apesar de rápida, demonstra os riscos e desafios de uma operação militar de grande porte. A antecedente serve de orientação para as ações atuais, embora as consequências dessas intervenções tenham variado significativamente.

Segundo analistas, a estratégia busca consolidar interesses estratégicos no continente e reforçar uma postura de força frente à crise venezuelana. Entretanto, os resultados da intervenção na Síria, Iraque e Afeganistão após o 11 de setembro sugerem precauções, pois missões dessa magnitude podem gerar instabilidades prolongadas.

Implicações internacionais e riscos futuros

Especialistas alertam que uma eventual intervenção na Venezuela pode aprofundar a crise humanitária e gerar tensões diplomáticas na região. Além disso, a história mostra que alianças estratégicas com líderes controversos, como Noriega, podem evoluir para situações de conflito direto e imprevisível.

Autoridades venezuelanas já mobilizaram suas forças para resistir a uma possível invasão. Maduro afirma que tomará todas as medidas para proteger o país, enquanto a comunidade internacional acompanha de perto os movimentos do governo dos EUA na América do Sul.

Perspectivas futuras

Se a intervenção militar ocorrer, os efeitos podem se prolongar por anos, modificando o cenário político na Venezuela e na região. O precedente de 1989 oferece lições valiosas sobre as estratégias, custos e limites de uma ação militar de reforço de interesses americanos na América Latina.

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