Brasil, 25 de novembro de 2025
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Mudanças no futebol argentino: oito títulos em disputa a partir de 2026

Novas regras e formatos de competições no futebol argentino geram confusão e provocações entre torcedores e jornalistas.

O futebol argentino vive uma fase de transformação que promete surpreender ainda mais os apaixonados pelo esporte. A partir de 2026, haverá a disputa de oito títulos, que incluem um campeonato de primeira divisão com 30 equipes e formatos tão complexos que poderiam confundir até mesmo Albert Einstein. Esta revolução no sistema atrai tanto a atenção quanto a dúvida daqueles que acompanham o futebol no país, que é marcado por uma intensa rivalidade, paixão e crises econômicas.

Um campeonato que desafia a lógica

A confusão sobre o funcionamento das competições é tamanha que nem os argentinos, conhecidos por sua paixão pelo futebol, conseguem entender claramente os novos formatos. “Vai mudando o tempo todo. A única lógica é a construção de poder dos dirigentes”, afirma Andrés Burgo, jornalista e autor de livros sobre futebol argentino. As mudanças que virão têm como justificativa o fortalecimento econômico e esportivo dos clubes, mas também geram protestos e descontentamento.

Na semana passada, a Associação do Futebol Argentino (AFA) declarou o Rosario Central, equipe do famoso craque Ángel Di María, como campeão da Liga. A polêmica se deu pelo fato de que a equipe conquistou mais pontos na tabela geral que contabiliza as duas competições semestrais em disputa. Esta decisão surpreendeu e provocou descontentamento, especialmente entre aqueles que acreditavam que a vitória no campo deveria ser o único fator determinante.

As complexidades do futebol “Frankenstein”

Com a nova estrutura, o futebol argentino terá ao menos oito títulos a serem disputados, incluindo o Campeonato Apertura, Campeonato Clausura, Copa Argentina, Supercopa Internacional, Supercopa Argentina, Troféu dos Campeões e a Recopa dos Campeões. O presidente do Rosario Central, Gonzalo Belloso, comentou que a quantidade de competições reflete um “futebol muito solidário”, que dá oportunidades a equipes de diferentes portes.

Para críticos e torcedores, no entanto, essa proliferação de torneios traz confusão. “É uma bagunça. Antes havia dois torneios, 20 equipes, era claro”, lamenta Tomás Menconi, torcedor do River Plate. Agora, a complexidade só aumenta, levando muitos a duvidar do valor dos títulos locais.

Críticas ao nível das competições

Os novos formatos, que também incluem duas Supercopas, geram questionamentos sobre a qualidade do futebol argentino. Enquanto a Supercopa Argentina enfrenta os campeões da Copa e do Troféu dos Campeões, a Supercopa Internacional apresenta um novo desafio onde o time com mais pontos na tabela anual se confronta com o vencedor do Troféu dos Campeões. Muitos apontam que a proliferação de competições pode ser um reflexo do atual nível de jogo, já que os clubes argentinos não venceram a Copa Libertadores desde 2018.

Claudio “Chiqui” Tapia, presidente da AFA, defende que o campeonato local é “competitivo e formador”, mas admite que houve falhas de comunicação sobre as motivações para aumentar o número de equipes nas competições. As comparações com a Copa do Mundo e a Liga dos Campeões da Europa, que também passaram por reformas, são frequentemente citadas, mas muitos acreditam que o futebol argentino precisa de uma dose de simplicidade para restaurar a clareza e a emoção do esporte mais amado do país.

À medida que as mudanças se aproximam, o descontentamento e a confusão permeiam as conversas em torno do futebol argentino. A capacidade de adaptação das torcidas e dos clubes ao novo formato será fundamental para que a paixão pelo esporte continue a prosperar. O desafio agora é encontrar um equilíbrio entre inovação e tradição, garantindo que o que acontece em campo não se perca entre as complexidades das regras.

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