Latam restringe uso de banheiro dianteiro a clientes de classe premium

A Latam Airlines gerou revolta entre usuários ao anunciar, por meio de publicação de um cliente habitual, que somente passageiros de assentos nas primeiras três fileiras poderão utilizar o banheiro dianteiro das aeronaves. A nova regra, chamada de “banheiro premium” pelo executivo Carlos Eduardo Padula, foi exposta no Linkedin e provocou diversas reações negativas.

Regra que restringe o uso do banheiro dianteiro da aeronave

Segundo o relato do cliente e executivo Carlos Eduardo Padula, os toaletes localizados na frente do avião agora são destinados exclusivamente aos passageiros de assentos nas três primeiras filas. Ele afirmou que, em uma aeronave com quase 200 passageiros, apenas 10 ou 12 podem usar o banheiro da frente, enquanto os demais, mesmo nas fileiras 4, 5 ou 6, precisam caminhar até o final do avião. A publicação teve mais de 400 curtidas e 200 comentários, muitos deles de indignação.

Reações e críticas na redes sociais

Usuários se manifestaram expressando surpresa e insatisfação com a medida. Magda Chambriard, presidente da Petrobras, comentou: “Bom saber. Isso significa que, se não se compra assento a tempo, é melhor viajar por outra cia”. O gerente jurídico Gilson Rosales da Matta também relatou ter passado pela mesma experiência em voo da Latam e abriu uma reclamação formal. “Isso beira a uma discriminação e a fatores históricos infelizes da história humana! Abri uma reclamação na mesma hora, ainda no ar”, afirmou.

Resposta oficial da Latam às críticas

Em resposta às reações, a Latam afirmou que a regra existe para garantir “conforto e fluidez” na cabine, destacando que o uso do banheiro na frente é destinado prioritariamente a passageiros de classes superiores, gestantes, pessoas com mobilidade reduzida e acompanhantes de crianças pequenas. A companhia reforçou ainda que a prática está de acordo com normas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e legislação brasileira, e que a tripulação pode autorizar o uso em situações específicas, como emergências ou necessidades especiais.

Segundo a Latam, a decisão visa melhorar a experiência do passageiro e otimizar a operação, mas a medida foi amplamente criticada nas redes sociais. Muitos usuários consideraram a regra como incoerente e discriminatória, enquanto outros acreditaram que poderia incentivar a escolha de outras companhias aéreas.

Repercussões e próximas ações

O caso levantou debates sobre privilégios e acessibilidade na aviação brasileira, além de reacender críticas ao tratamento de passageiros na concorrência aérea. O perfil da Latam na plataforma respondeu à publicação, afirmando que a prática visa promover “conforto, segurança e fluidez” no atendimento. Diversos usuários continuam a manifestar sua insatisfação, enquanto outros defendem a medida como uma estratégia de gestão.

O impacto da medida também motivou ações de passageiros, incluindo registros de reclamações formais e discussões públicas. Especialistas apontam que regulamentos que restringem o acesso a serviços básicos, como o uso do banheiro, precisam ser avaliados com atenção às leis de direitos do consumidor e às políticas de inclusão social na aviação.

Para mais detalhes, acesse a reportagem completa no site do Globo.