O Itaprevi, instituto de previdência de Itaguaí (RJ), anunciou nesta terça-feira que solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) a abertura de auditoria para apurar a atuação do Banco Central no processo que levou à liquidação extrajudicial do Banco Master, no segundo semestre de 2024. A entidade afirma que seguiu as normas vigentes ao aplicar cerca de R$ 59,6 milhões em duas letras financeiras do banco.
Fundamentação da solicitação de auditoria
No documento enviado ao MP junto ao TCU, o Itaprevi sustenta que o Banco Central já tinha sinais de irregularidades antes da liquidação, mas não tomou medidas para mitigar os efeitos sobre os investidores, como restringir a captação de recursos ou comunicar-se previamente com os órgãos responsáveis. Segundo o instituto, a ausência de informações contribuiu para ampliar prejuízos ao sistema previdenciário.
Asegura-se que normas foram seguidas
De acordo com nota do Itaprevi, o instituto afirma ter agido de acordo com a Resolução CMN nº 4.963/2021 e outras normas vigentes, baseando suas decisões em análises técnicas e nos dados disponíveis na época das aplicações, em 2024. O instituto argumenta que não havia alertas de órgãos reguladores ou auditorias que indicavam risco elevado no Banco Master, portanto, os recursos investidos seriam uma vítima das circunstâncias, sem responsabilidade do sistema previdenciário.
Pedido de apuração independente
O Itaprevi também encaminhou ao Ministério Público junto ao TCU uma representação solicitando uma auditoria independente para apurar a atuação do Banco Central na condução do caso. A instituição entende que uma análise externa será fundamental para esclarecer eventuais falhas na fiscalização e evitar prejuízos futuros.
Repercussões e perspectivas futuras
A solicitação do instituto ocorre em meio a debates sobre a atuação do Banco Central na crise bancária de 2024 e reforça a preocupação com a segurança dos investimentos em fundos de previdência. Especialistas afirmam que uma investigação independente poderá contribuir para aprimorar os mecanismos de fiscalização e proteger os investidores institucionais.
Segundo as informações disponíveis, o processo de liquidação do Banco Master teve maior repercussão devido ao impacto sobre fundos de previdência municipais e estaduais, como o caso do Itaprevi, que buscou salvaguardar seus recursos e busca respostas sobre possíveis omissões do regulador.
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