Brasil, 25 de novembro de 2025
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Indicação de Jorge Messias para o STF sofre atrasos no Planalto

O Palácio do Planalto ainda não enviou a indicação de Jorge Messias para o Supremo, enfrentando resistência entre os senadores.

O cenário político no Brasil ganhou mais um capítulo tenso com a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Desde que a nomeação foi anunciada na última quinta-feira, dia 20, o Palácio do Planalto ainda não formalizou a indicação ao Congresso Nacional. A situação levanta questões sobre a articulação política do governo Luiz Inácio Lula da Silva e as possíveis dificuldades que podem surgir no processo de aprovação do nome de Messias pelos senadores.

Processo de indicação e formalização ao Congresso

A Secretaria de Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil está trabalhando na documentação necessária, que deve seguir uma série de normas definidas pelo Regimento Interno do Senado. O envio da mensagem é a primeira etapa crucial para a formalização da indicação e inicia o processo que culminará na sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e na votação no plenário da Casa.

Para que Jorge Messias possa ser aprovado, ele precisará de 41 dos 81 votos dos senadores. Entretanto, a resistências em torno de sua nomeação têm gerado um ambiente de tensão e controvérsia dentro do Senado, o que pode complicar ainda mais sua confirmação.

Resistências no Senado e o impacto da demora

O atraso no envio da mensagem de indicação ao Congresso está, de acordo com analistas políticos, relacionado ao clima de incerteza que paira sobre o governo. A escolha de Jorge Messias não estava em sintonia com as expectativas de lideranças no Senado, como a do senador Davi Alcolumbre (União-AP), que preferia Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga na Corte. O descontentamento é visível, principalmente porque Alcolumbre não foi informado previamente sobre a decisão de Lula, alimentando ainda mais as tensões entre o Executivo e o Legislativo.

„Quando há uma controvérsia, como está estabelecido agora, é evidentemente que tem que visitar todos os senadores“, declarou Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, durante uma entrevista. Ele reconheceu que o tempo é limitado e que antes do encerramento do ano legislativo, marcado para 19 de dezembro, o governo terá que lidar com a votação de leis importantes, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o budget. A possibilidade de que a votação da indicação de Messias seja adiada para 2026 não pode ser descartada, especialmente se o governo não conseguir resolver a situação antes do término do ano legislativo.

A relação entre governo e Senado sob pressão

A mais recente indicação de Jorge Messias acirrou ainda mais os ânimos entre o governo e o Senado, mostrando uma crescente discórdia que poderá interferir em futuras articulações políticas. Enquanto o governo tentava angariar apoio para a escolha de Messias, a falta de comunicação e a escolha controversa criada um ambiente hostil que torna cada vez mais desafiador para Lula navegar por essas águas turbulentas.

A confrontação entre as preferências do Senado e do Planalto joga luz sobre a complexa dinâmica de poder no Brasil, evidenciando que as relações entre o Executivo e o Legislativo exigem diálogo constante e respeito às expectativas institucionais. Como o governo enfrentará essa crise de confiança continua a ser um verdadeiro teste para a administração atual.

Assim, o desenrolar da situação e as próximas decisões que o Planalto tomará serão observados de perto, não apenas por aqueles que acompanham a política brasileira, mas também pelo impacto que isso pode ter na governabilidade e na estabilidade do atual governo. A dúvida maior continua: será que Jorge Messias conseguirá superar as barreiras que lhe foram impostas e conquistar a confiança dos senadores para um assento na mais alta Corte do país?

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