Brasil, 25 de novembro de 2025
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Déficit das contas externas do Brasil aumenta 21% até outubro de 2025

Apesar do avanço no investimento estrangeiro, o país registra aumento no déficit em contas externas, que atingiu US$ 62 bilhões até outubro

O déficit das contas externas brasileiras cresceu 21% de janeiro a outubro de 2025, atingindo US$ 62,07 bilhões, informou o Banco Central (BC) nesta terça-feira (25). Apesar dessa elevação, o investimento estrangeiro direto também apresentou crescimento no período, contribuindo para a manutenção do financiamento do rombo externo.

Detalhes do déficit e investimento estrangeiro

De acordo com o BC, as contas externas, que abrangem a balança comercial, serviços e rendas, tiveram salto no déficit, que passou de US$ 51,51 bilhões no mesmo período de 2024 para US$ 62,07 bilhões neste ano. Em outubro, o saldo negativo foi de US$ 5,12 bilhões, menor que o déficit de US$ 7,38 bilhões de outubro de 2024.

Mesmo com o déficit, os investimentos estrangeiros no Brasil também cresceram, totalizando US$ 74,3 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, contra US$ 68,3 bilhões no mesmo período do ano passado. Esses recursos foram suficientes para financiar o rombo externo, que, na parcial de 2025, registra um déficit de US$ 62 bilhões.

Fatores que influenciam o saldo externo

O resultado em transações correntes, principal indicador do setor externo, resulta da soma da balança comercial, dos gastos com serviços e das remessas de renda ao exterior. Segundo o BC, a piora na saldo externo está ligada principalmente ao desempenho da balança comercial, que acabou apresentando superávit de US$ 45,6 bilhões até agosto, abaixo do US$ 55,6 bilhões do mesmo período de 2024.

Para o ano completo, o Banco Central estima um déficit de US$ 70 bilhões, valor revisado para o rombo das contas externas em 2025. O resultado negativo reflete a maior importação de produtos e gastos com serviços devido ao crescimento econômico do país.

Gastos de brasileiros no exterior e câmbio

Os gastos de brasileiros no exterior chegaram a US$ 1,91 bilhão em outubro, o maior valor para meses de outubro desde 2014, quando gastaram US$ 2,12 bilhões. No acumulado de janeiro a outubro, as despesas totalizaram US$ 18,1 bilhões, o maior desde 2014, com US$ 21,7 bilhões.

Esse aumento ocorreu mesmo com o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre câmbio, que encareceu a compra de moeda estrangeira. A taxa de IOF passou de 1,1% para 3,5% na aquisição de moeda em espécie e para remessas ao exterior, enquanto no cartão de crédito permaneceu em 3,38%.

Na manhã desta terça-feira, o dólar abriu em queda de 0,29%, cotado a R$ 5,38, e acumulou queda de 12,7% no ano. Analistas atribuem essa tendência à forte movimentação do câmbio e à desaceleração econômica, ainda que o país mantenha crescimento neste ano, mesmo com a taxa de juros elevada para 15% ao ano.

Segundo o relatório do BC, o desempenho externo do Brasil reflete uma combinação de fatores econômicos e cambiais, que continuam a influenciar os fluxos financeiros internacionais.

Para mais detalhes, acesse o artigo completo no G1.

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