Brasil, 25 de novembro de 2025
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Davi Alcolumbre acelera processo de indicação de Jorge Messias ao STF

Movimentação no Senado em torno da indicação do advogado-geral da União para o Supremo Tribunal Federal antecipa possíveis batalhas políticas.

No cenário político brasileiro, a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF) está envolta em controvérsias. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), já sinalizou a líderes do Congresso que pretende acelerar o trâmite da indicação, levando o caso ao plenário antes do recesso parlamentar que se inicia em 23 de dezembro. Essa manobra poderá desencadear uma série de desafios para a confirmação de Messias, que necessita de ao menos 41 dos 81 votos disponíveis no Senado.

Oposição e apoio evangélico em questão

A estratégia de Alcolumbre, conforme muitos aliados, tem o intuito de impedir que Messias consiga mobilizar apoio entre líderes evangélicos e ministros do STF que poderiam contornar a resistência a sua nomeação. A oposição à sua indicação não é pequena; na última votação que resultou na recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, o placar foi apertado, com apenas 45 votos favoráveis, elevando o alerta para a base do governo Lula.

Os evangélicos, que veem Messias como uma figura importante para barrar pautas progressistas no STF, têm interesses diretos nessa indicação. Além disso, o ex-ministro André Mendonça, que já passou pela sabatina, se comprometeu a ajudar Messias a suavizar a rejeição no Senado, especialmente entre os componentes da linha de frente bolsonarista.

Entre pressões e estratégias

A movimentação antes do recesso é uma questão crítica. “O governo Lula percebeu que a situação está complicada e prefere adiar a sabatina para o próximo ano. Por outro lado, Davi Alcolumbre quer pressionar e realizar a votação ainda neste ano”, afirmou uma fonte próxima ao desdobramento da indicação. Essa pressão pode ser ainda mais significativa devido ao histórico de Alcolumbre em complicar votações no passado, conforme evidenciado pela sua gestão em torno da indicação de Mendonça.

Na temporada de indicações, Alcolumbre se viu focado em evitar os erros do passado, em que um atraso na confirmação permitiu que o indicado mobilizasse apoio. Diferente da situação anterior, que resultou em um placar apertado de 47 a 50, Messias, atualmente, enfrenta um cenário de desconfiança, com mapeamentos informais apontando entre 28 e 31 votos garantidos a seu favor.

A incerteza da aprovação de Messias

A pressão sobre o governo aumenta, especialmente em um ambiente visto como “quente”, onde senadores expressam descontentamento com a falta de liberação de emendas e cargos. A opinião de um senador ressalta que é um momento de muita tensão: “Acho que o presidente Lula está isolado, acreditando muito no que seus aliados dizem para ele. Vejo um cenário com risco de rejeição a Messias muito alto.”

Se a situação continuar a se deteriorar, o futuro de Messias no STF pode se tornar ainda mais incerto. O panorama atual destaca a importância de um alinhamento estratégico entre governo e Senado para navegar as águas turbulentas da política nacional. A cada movimento, a tensão aumenta, revelando a complexidade e os desafios da aprovação de uma indicação em tempos divisivos.

Consequências políticas da indicação de Messias

Além das disputas internas, a indicação de Messias poderá impactar de maneira profunda o cenário político. Se aprovado, ele se tornará uma peça central nos debates sobre o futuro do STF, especialmente em questões que envolvem a moralidade e a ética pública. Sua possível confirmação também reflete sobre a capacidade do governo Lula de manter sua agenda legislativa e a força de sua coalizão no Congresso.

Os próximos passos em direção à votação no Senado serão crucialmente observados, tanto pelos apoiadores quanto pelos opositores. A expectativa é que a definição desta questão se desloque para os próximos meses, com Ramificações que poderão se sentir ao longo de anos, moldando não apenas o STF, mas todo o cenário político brasileiro.

Conforme as vozes se elevam e as alianças se formam, a questão da indicação de Jorge Messias se torna um detetive intrigante para o Brasil contemporâneo, desafiando o governo e exigindo um nível de estratégia e negociação sem precedentes.

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