Brasil, 25 de novembro de 2025
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CPI do crime organizado retoma trabalhos com oitivas importantes

A Comissão Parlamentar de Inquérito volta a trabalhar com depoimentos de autoridades sobre facções criminosas no Brasil.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado retoma seus trabalhos nesta terça-feira (25/11), a partir das 9h, com a expectativa de ouvir Leandro Almada da Costa, diretor de Inteligência da Polícia Federal (PF), e Lincoln Gakiya, promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo (MPSP). A participação de ambos estava agendada para reuniões anteriores, mas, devido à ausência deles, os depoimentos tiveram que ser remarcados.

Um panorama das atividades da CPI

As primeiras sessões da CPI se mostraram mais lentas, coincidindo com um feriado prolongado e compromissos paralelos no Congresso, incluindo a CPMI do INSS e discussões sobre o PL Antifacção na Câmara. No entanto, os senadores expressaram otimismo de que as oitivas desta terça-feira possam auxiliar na organização da linha de investigação do colegiado.

Instalada no início de novembro, após uma megaoperação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, a CPI tem um prazo de 120 dias para investigar a estruturação, operação e expansão de facções criminosas, com foco especial no PCC e no próprio Comando Vermelho. O trabalho da CPI é fundamental para trazer à luz a complexa relação entre essas organizações e suas atividades criminosas.

A importância dos depoimentos para as investigações

Nas primeiras reuniões, a CPI ouviu o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que salientou a necessidade de diferenciar terrorismo de crime organizado. Também foi ouvido Antônio Glautter, da Secretaria Nacional de Políticas Penais, que trouxe à tona preocupações sobre o déficit carcerário no Brasil, que gira em torno de 40%.

O promotor Lincoln Gakiya, que é um dos principais investigadores do PCC em São Paulo, traz consigo a responsabilidade de investigar uma facção que, segundo relatos, tem ameaças diretas de morte contra ele. Seu trabalho é crucial na apuração das atividades do PCC no estado e lembra casos trágicos de agentes públicos assassinados, como o delegado Rui Falcão, vítima do crime organizado em Praia Grande.

Expectativas para os depoimentos de Almada e Gakiya

Durante as oitivas, Gakiya deve fornecer detalhes sobre a estruturação do PCC em São Paulo, suas táticas de operação e a articulação com outros grupos criminosos. Essas informações são consideradas estratégicas para a luta contra as facções. Com a participação de Almada, espera-se que ele apresente dados relevantes sobre operações e monitoramento das redes criminosas, informações cruciais para a compreensão do cenário do crime organizado no Brasil.

Além disso, a CPI terá uma reunião adicional marcada para quarta-feira (26/11), onde devem ser ouvidos Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e Bruno Paes Manso, jornalista e pesquisador da USP. Essa sessão também contará com a votação de novos requerimentos que têm o objetivo de ampliar o andamento das investigações.

Conclusão

As oitivas programadas na CPI do Crime Organizado são um passo significativo na busca por esclarecimentos acerca da atuação de facções criminosas no Brasil. A expectativa do colegiado é de que os depoimentos de Leandro Almada e Lincoln Gakiya forneçam insumos para que as investigações avancem. Com um trabalho coordenado entre as diversas entidades envolvidas, espera-se que a CPI contribua para desmantelar redes criminosas e reforçar a segurança pública no país.

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