No último sábado (22), o cabeleireiro José Roberto Silveira, conhecido como Betto Silveira, foi encontrado sem vida em sua residência localizada no bairro Alto de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. O laudo preliminar da Polícia Técnico-Científica indica que a vítima pode ter sido estrangulada e asfixiada. Atualmente, o caso está sendo investigado como homicídio pela Polícia Civil, que busca identificar os responsáveis pelo crime.
O que aconteceu com Betto Silveira?
O corpo de Betto foi descoberto por um sócio e uma prima, que, preocupados com a falta de resposta a mensagens e ligações, foram até a casa da vítima. O cabeleireiro foi encontrado caído no chão do quarto, próximo à cama. De acordo com informações da polícia, ele estava sem roupas e apresentava sinais de agressão, com os punhos e joelhos amarrados com fios de telefone e uma toalha à boca como mordaça.
Além disso, o corpo exibiu hematomas nos braços, ombros e rosto, possivelmente causados por agressões. A presença de manchas de sangue em travesseiros e lençóis também foi relatada pelos familiares ao registrarem o boletim de ocorrência.
Investigação em andamento
Com o caso classificado como homicídio, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que a Polícia Civil está em busca de informações sobre os dois homens que foram vistos saindo da residência de Betto na madrugada do crime, por meio de imagens de câmeras de segurança. O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) analisa essas imagens na esperança de identificar os suspeitos.
Os investigadores encontraram uma faca no banheiro, mas sem sinais de sangue. A polícia ainda está apurando se o objeto foi usado para ameaçar a vítima, pois não houve marcas de arrombamento no imóvel, sugerindo que Betto poderia ter conhecido seus agressores. Até ou momento, não foi confirmada a utilização da faca para cometer o homicídio.
Quem estava na casa no momento do crime?
Uma idosa de 98 anos, mãe de Betto, também estava na residência durante o incidente. Por ter mobilidade reduzida, ela não conseguiu perceber que algo estava errado. No dia seguinte, acreditando que o filho havia saído cedo, ela acionou a sobrinha, que encontrou a cena trágica. Outro morador, o garçom Ryan Sousa Santos, que alugava uma edícula na casa de Betto, contou à polícia que percebeu algo estranho ao ver a porta da casa aberta, já que normalmente esta permanecia fechada.
O que as câmeras de segurança revelaram?
As imagens obtidas mostram Betto saindo de casa de carro por volta da 1h39 e retornando cerca de meia hora depois. No entanto, as câmeras registraram que dois homens deixaram o imóvel a pé por volta das 5h52. Uma vizinha relatou ter ouvido barulhos e vozes entre 3h e 4h da manhã, mas não imaginou que poderia ser uma situação de violência.
Quem era Betto Silveira?
Natural de Garça, no interior de São Paulo, Betto Silveira era um cabeleireiro conhecido na região de Pinheiros, onde mantinha um salão no andar inferior de seu sobrado. Ele dedicava grande parte de seu tempo a cuidar da mãe idosa e tinha uma ligação próxima com ela. Segundo amigos, Betto era uma pessoa sociável e carinhosa, que gostava de animais, especialmente de seus quatro pugs.
Próximos passos da investigação
O caso foi registrado no 14° Distrito Policial de Pinheiros, e as investigações continuam. A delegada Ivalda Aleixo do DHPP afirma que, até o momento, não existem indícios de que objetos tenham sido roubados da residência da vítima. A motivação para o crime ainda está indefinida, mas testemunhas mencionam que o homicídio pode ter sido praticado por mais de uma pessoa.
O que se sabe até agora é que a polícia seguirá em busca de provas e depoimentos que possam levar à identificação e prisão dos culpados. A comunidade local está abalada com a brutalidade do crime, e amigos e familiares de Betto esperam por justiça.
O caso ainda está em andamento, e informações adicionais serão divulgadas à medida que a investigação avança. A tragédia que envolveu Betto Silveira deixa um legado de tristeza e a esperança de que, em breve, a verdade venha à tona.

