Brasil, 25 de novembro de 2025
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Botafogo processa Eagle Football Holdings e pede R$ 155 milhões

Após vitória na Libertadores, Botafogo surpreende Eagle Football com ação judicial buscando ressarcimento de R$ 155,4 milhões.

O Botafogo deu um passo inesperado ao entrar na justiça do Rio de Janeiro contra a Eagle Football Holdings, que possui 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube. A ação, protocolada nesta terça-feira, busca o ressarcimento de R$ 155,4 milhões, o que representa cerca de 10% do passivo declarado pelo Botafogo. Esse movimento pegou de surpresa não apenas a Eagle e seus advogados, mas também o empresário americano John Textor, um dos principais rostos da gestão da SAF.

Ação judicial surpreende Eagle e Textor

Com a ação ocorrendo sem aviso prévio, fontes ligadas a John Textor informam que ele teve conversas amicáveis com o presidente do clube, João Paulo Magalhães Lins, nos dias que antecederam o processo. A conversa teria girado em torno do bom momento do Botafogo, após a vitória por 3 a 2 contra o Grêmio, que garantiu ao time uma nova classificação para a Libertadores — um feito inédito na história do clube. O clima de celebração parece ter se dissipado rapidamente com o advento da ação judicial.

Pedido de interventor e controle sobre ativos

Na ação registrada na 23ª Câmara do Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), o Botafogo não apenas solicita o ressarcimento financeiro, mas também a nomeação de um “interventor judicial” para a SAF e a proibição da “venda de ativos da SAF Botafogo”, o que inclui jogadores de futebol. Internamente, há a suspeita de que o clube social está tentando retomar o controle do futebol, tomando medidas que Buscam incrementar sua influência nas decisões do clube.

Posição do clube social em relação a John Textor

Apesar das fissuras que podem ser perceptíveis por meio da movimentação na justiça, o clube social nega que tenha a intenção de tirar John Textor do comando da SAF. João Paulo ressalta que a verdadeira intenção é observar de perto as movimentações no futebol do Botafogo, especialmente no que diz respeito à venda de jogadores na próxima janela de transferências. “Não pedi para tomar o clube de volta e nem pedi para tirar o Textor. Gosto muito dele e quero que ele se resolva o quanto antes com os sócios deles”, afirmou ao GLOBO.

Compromissos e responsabilidades

O presidente também reforçou a importância do cumprimento do acordo de acionistas assinado em 2022, enfatizando que o depósito dos R$ 155 milhões é necessário para garantir a ação e deve ser aplicado na SAF do Botafogo. “A Eagle tem que assumir as responsabilidades dela”, destacou João Paulo.

Implicações da ação judicial

De acordo com informações do Blog do Lauro Jardim, o Botafogo também convoca a Justiça a proibir a distribuição de dividendos em favor da Eagle até que um plano para regularizar o passivo da SAF seja apresentado. Além disso, o clube expressa preocupações de que a situação envolvendo John Textor e a Eagle Football Holdings possa levar a um “estado de insolvência ou iliquidez”. Tal situação não seria apenas preocupante para os interesses financeiros do clube, mas também poderia afetar a sua gestão esportiva no longo prazo.

Em resumo, o Botafogo se vê em uma encruzilhada, entre manter a harmonia nas suas relações e tomar medidas drásticas para assegurar a saúde financeira e administrativa do clube. Com um futuro incerto pela frente, a torcida e os envolvidos aguardam os desdobramentos dessa situação que promete agitar novamente os bastidores do futebol brasileiro.

Com a amizade entre os dirigentes cultivada em meio a vitórias, agora a expectativa é de que este conflito seja resolvido formalmente em um ambiente que, aos olhos dos torcedores, representa o futuro do Botafogo.

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