Brasil, 25 de novembro de 2025
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Bolsonaro começa a cumprir pena após decisão do STF

Ministro Moraes declara trânsito em julgado na ação contra Bolsonaro e demais réus da trama golpista.

O cenário político brasileiro ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (25/11), quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou o trânsito em julgado da ação penal 2668, que trata da tentativa de golpe de Estado liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Com essa decisão, os réus têm suas penas iniciadas, sem a possibilidade de novos recursos. A repercussão desse caso promete influenciar a política nacional e a percepção pública sobre a legalidade nas instituições.

O cumprimento das penas

A partir de agora, os réus do núcleo crucial da trama golpista começam a cumprir as respectivas penas determinadas pela Justiça. Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses pela Primeira Turma do STF por sua atuação criminosa após as eleições de 2022, já se encontra cumprindo a pena em definitivo na Superintendência Regional da Polícia Federal (PF), no Distrito Federal, onde foi preso preventivamente desde o último sábado (22/11).

Superintendência da Polícia Federal onde Bolsonaro está preso

Moraes também declarou o trânsito em julgado para outros réus, mas o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), considerado foragido, ainda não teve sua localização confirmada, uma vez que se encontra nos Estados Unidos.

Penas aplicadas aos co-réus

Além de Bolsonaro, outros membros do chamado núcleo golpista receberam suas condenações. Confira onde cumprirão suas penas:

  • O almirante Almir Garnier, condenado a 24 anos, ficará na Estação Rádio da Marinha em Brasília (DF).
  • Augusto Heleno, condenado a 21 anos, cumprirá pena no Comando Militar do Planalto.
  • Paulo Sérgio Nogueira, também no Comando Militar do Planalto, foi condenado a 19 anos.
  • O general Braga Netto, condenado a 26 anos, seguirá na Divisão do Exército, no Rio de Janeiro.
  • O ex-ministro Anderson Torres cumprirá pena no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal.

O último a ser preso nesta terça-feira foi o ex-ministro Anderson Torres, que foi encontrado pela Polícia Federal em um escritório de advocacia, após tentativas fracassadas de localizá-lo em sua residência no Jardim Botânico, área nobre de Brasília.

O papel de Mauro Cid

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, é o único membro do núcleo culpável que não enfrentará a prisão. Graças aos benefícios da delação premiada, ele foi condenado a apenas dois anos de reclusão em regime aberto. Apesar disso, o militar está sujeito a medidas cautelares, incluindo a proibição de deixar o país e restrições de circulação, que ainda precisam ser cumpridas.

Desdobramentos jurídicos

Com o inicio das penas, a expectativa é que as próximas semanas sejam marcadas por desdobramentos jurídicos relevantes. A possibilidade de apelações e o posicionamento dos advogados dos réus serão fundamentais para compreender como o sistema judicial brasileiro reagirá a esse caso emblemático. Por outro lado, a prisão de figuras tão proeminentes levanta um debate sobre a aplicação da lei em relação ao poder político e as consequências para o futuro do país.

O caso de Jair Bolsonaro e os demais réus representa um divisor de águas no Brasil, trazendo à tona questões sobre o respeito ao Estado de Direito e à democracia. Com a transição para o cumprimento das penas, a sociedade acompanhará de perto os acontecimentos, esperando que a justiça seja verdadeiramente feita.

Este desfecho marca, sem dúvida, um momento histórico e decisivo para o Brasil, e os impactos disso ainda reverberarão por muito tempo.

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