Brasil, 25 de novembro de 2025
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Banco Central identifica irregularidades na venda de carteiras do Banco Master

Galípolo afirmou que o BC detectou irregularidades em operações do Banco Master, que está sob investigação da Polícia Federal

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, revelou nesta terça-feira (25) que o órgão identificou irregularidades nas operações de venda de carteiras de crédito do Banco Master para o BRB. As operações estão no centro de uma investigação da Polícia Federal que apura a suspeita de “fabricação” de contratos. O Banco Master foi liquidado após a prisão de seu presidente, Daniel Vorcaro, e outros dirigentes.

Procedimentos legais e o papel do Banco Central

Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Galípolo afirmou que o BC seguiu todo o procedimento legal na liquidação do Banco Master. “Agradeço ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e à Justiça. Quem identificou as irregularidades foi o BC, que seguiu todo o rito legal”, declarou o presidente do órgão. Ele explicou ainda que, ao suspeitar de uma possível fraude, o banco deve comunicar imediatamente às autoridades competentes para que o processo criminal seja iniciado.

Importância do cumprimento das normativas

Galípolo reforçou que seguir o procedimento legal é fundamental para evitar prejuízos ao erário público. “Decisões passadas podem ser questionadas na Justiça e se transformarem em passivos para o Estado”, alertou. Ele destacou que o setor público não pode atuar com voluntarismo e que é crucial respeitar as normas para preservar a integridade do sistema financeiro.

Contexto sobre o Banco Master

O presidente do BC mencionou que o Banco Master tinha balanços auditados e classificação de rating, reforçando a importância da condução adequada do processo de liquidação. “O BC atuou conforme as normas devido à complexidade do caso”, observou Galípolo. A instituição foi alvo de investigações após denúncias de possíveis fraudes nas operações de venda de carteiras de crédito.

Acerto com Roberto Campos Neto

Na audiência, Galípolo também esclareceu sobre um acordo firmado pelo BC com Roberto Campos Neto, ex-presidente da instituição, para encerrar um processo administrativo. O acordo, assinado em junho, envolveu o pagamento de R$ 300 mil pelo ex-presidente ao BC e a desistência de eventual ação judicial. Segundo o órgão, o procedimento não significa admissão de culpa, mas sim um compromisso de não повторir as irregularidades e de pagar uma multa.

Contexto do acordo e cautelas

O documento só é válido para infrações consideradas leves, que não comprometam a liquidez ou solvência do banco. O Banco Santander, que também firmou termo de compromisso, afirmou que o acordo visa aprimorar seus controles internos, sem reconhecimento de infrações ou penalidades, fortalecendo a conformidade com as normas do BC.

Posição do ex-presidente e os desdobramentos futuros

Roberto Campos Neto, atualmente executivo do Nubank, foi procurado, mas não se posicionou sobre o assunto até o momento. As investigações continuam em andamento, e o BC reforçou seu compromisso de atuar com rigor na fiscalização do sistema financeiro para evitar fraudes e proteger o erário público.

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