Brasil, 25 de novembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

A presença missionária e o Evangelho entre os povos da Tailândia

Missionários vivem em harmonia com comunidades tailandesas, promovendo esperança e dignidade através do Evangelho.

Entre os arrozais e os templos do norte da Tailândia, os missionários conhecidos como “Identes” têm cultivado uma relação estreita com as famílias das aldeias, fundindo o Evangelho com as tradições locais. As iniciativas desenvolvidas por esses missionários têm se mostrado fundamentais na transformação da vida dos habitantes, trazendo compaixão e esperança em meio às dificuldades.

Uma Igreja jovem e minoritária

Desde a chegada do Evangelho na região, após a Segunda Guerra Mundial, a Igreja Católica se estabeleceu como uma pequena, mas resiliente, minoria em um país predominantemente budista. Os missionários atuam não apenas como divulgadores da fé, mas como amigos e apoiadores nas diversas realidades vividas pelas comunidades. O padre Thinnakorn, missionário idente, explica: “Celebramos em tailandês, mas as pessoas respondem na sua língua, e os cânticos carregam uma espiritualidade que não precisa de traduções.” Essa inclusão cultural tem sido um aspecto essencial para fortalecer os laços com os grupos étnicos locais, como os Karen, Lahu, Akha, Hmong e Lisu.

Essas comunidades enfrentam uma dura realidade, onde os jovens frequentemente abandonam a escola, e os mais velhos e as crianças são os mais afetados por problemas como poluição e desastres naturais. No entanto, a presença missionária oferece não apenas espiritualidade, mas também assistência prática. Como menciona Cristina, outra missionária, “a primeira necessidade é alguém que os ouça”, ressaltando a importância do suporte emocional e da construção de uma rede de apoio.

Falta de futuro, a verdadeira miséria

Histórias como a de Yotsaya, que cita uma menina de 14 anos obrigada a interromper seus estudos para ajudar a família, revelam as consequências sombrias da pobreza. Essa carência não se resume à falta de dinheiro, mas à ausência de oportunidades, o que transforma a esperança em desespero. Ao lado de um quadro de intensa precariedade, o convívio comunitário oferece um conforto que, apesar de simples, é fundamental. “Aqui, a pobreza tem o rosto concreto das escolhas malogradas e das vidas suspensas”, explica Yotsaya, enfatizando a realidade difícil enfrentada pelas aldeias.

As feridas que se tornam consolo

Contam-se também histórias de superação, como a de um casal de idosos que, após perder os filhos, encontrou conforto gradualmente através da presença das missionárias. Esterlicia lembra que, ao longo das visitas feitas com amor e atenção, o casal voltou a sorrir, mostrando como a escuta e a proximidade podem curar feridas profundas e devolver a dignidade.

Um coração compassivo

A missão em Chiang Mai é muito mais que uma atividade religiosa; ela é uma extensão do amor e da solidariedade que se traduz em ações concretas, como a criação de escolas, centros de saúde e projetos comunitários. As missões se dedicam especialmente aos desprestigiados, migrantes e toda a população vulnerável. O diálogo inter-religioso é um componente essencial na busca pela paz e respeito. “Viver no meio dessas dificuldades fez-nos compreender que a consagração significa compartilhar a vida concreta, não apenas ensinar, mas estar ao lado com um coração compassivo”, compartilham os missionários Thinnakorn e Thannoungsak.

A força da simplicidade

A presença dos missionários se mantém firme e tenaz, mesmo após 23 anos em Chiang Mai. O valor do que é simples e pequeno é frequentemente enfatizado, pois até os gestos mais modestos podem ter um impacto significativo. “Ter um coração manso e compassivo é um caminho para compreender o amor de Deus e para viver como irmãos sob um único Pai”, destaca Thinnakorn, mostrando que o Evangelho se revela de forma mais autêntica nas ações diárias e humanizadas.

A missão entre os povos do norte da Tailândia, portanto, não é apenas sobre a propagação da fé, mas sobre a construção de uma comunidade solidária, onde cada um encontra o valor em sua identidade. E é nesse espaço partilhado, onde o Evangelho e as tradições locais se encontram, que a verdadeira mudança começa a acontecer.

Leia mais sobre a missão em Chiang Mai

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes