Brasil, 25 de novembro de 2025
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O funcionamento das tornozeleiras eletrônicas no Brasil

Entenda como as tornozeleiras eletrônicas funcionam e seu impacto na segurança pública brasileira.

No Brasil, as tornozeleiras eletrônicas têm se tornado um instrumento importante na fiscalização de indivíduos em regime de prisão domiciliar ou que precisam cumprir medidas alternativas. Este dispositivo, que se prende ao tornozelo do usuário, não apenas monitora sua localização, mas também interfere com um sistema que busca aumentar a segurança pública e reduzir a população carcerária. Neste artigo, vamos explorar o funcionamento deste equipamento e suas implicações na justiça brasileira.

Como funciona a tornozeleira eletrônica?

A tornozeleira eletrônica é um dispositivo que utiliza tecnologia de geolocalização para monitorar a movimentação do usuário. Composta por um pequeno equipamento, que é colocado no tornozelo, preferencialmente pela autoridade judiciária, ela envia dados em tempo real sobre sua localização para uma central de monitoramento. O funcionamento desse sistema é baseado em um conjunto de tecnologias que inclui GPS, sistemas de telefonia celular e, em alguns casos, tecnologia Bluetooth.

O dispositivo é programado para estabelecer limites de onde o usuário pode se locomover, conhecidos como “perímetros de segurança”. Caso a pessoa ultrapasse esses limites, uma violação é registrada e as autoridades competentes são alertadas para tomar as devidas providências. Isso pode incluir visitas in loco para verificar a situação do monitorado e, em caso de reincidência, a imposição de penalidades ou até a revogação das medidas alternativas.

Impacto na segurança pública

O uso de tornozeleiras eletrônicas pode ser visto como uma solução para diversos problemas enfrentados pelo sistema penitenciário brasileiro. Com presídios superlotados e condições muitas vezes insalubres, essa tecnologia oferece uma alternativa que não só ajuda a descongestionar as cadeias, mas também reduz custos para o governo, uma vez que a manutenção do sistema de monitoramento é consideravelmente menor do que a manutenção de um preso em um estabelecimento penal.

Além disso, essas tornozeleiras têm o potencial de melhorar a segurança pública. Se bem utilizadas, elas podem ajudar na supervisão de indivíduos que, por exemplo, cometeram crimes não violentos e que deveriam cumprir penas de maneira mais humanizada, em suas residências. O monitoramento pode levar à reintegração social e reduzir a reincidência criminal.

Desafios enfrentados na implementação das tornozeleiras eletrônicas

Apesar das vantagens, o sistema de tornozeleiras eletrônicas enfrenta vários desafios. Um dos principais é a questão da violação. Casos de desrespeito às regras de uso, como a remoção do dispositivo ou a manipulação para evitar detecções, têm sido registrados. Esses incidentes evidenciam a necessidade de um mecanismo de fiscalização mais rigoroso e efetivo.

Outro desafio importante é a questão da inclusão digital. Em algumas regiões do Brasil, especialmente nas áreas rurais e afastadas, a cobertura de redes de telefonia celular e internet ainda é precária. Isso compromete a eficácia do monitoramento, uma vez que a falta de conectividade pode causar falhas na comunicação entre o dispositivo e a central de controle.

O futuro das tornozeleiras eletrônicas no Brasil

Com a evolução tecnológica e a crescente demanda por alternativas para o sistema carcerário, o futuro das tornozeleiras eletrônicas no Brasil parece promissor. Inovações que ampliem a capacidade de monitoramento e capacidade de resposta em tempo real podem transformar ainda mais esse instrumento em uma ferramenta eficaz na promoção da justiça e reintegração social.

Além disso, é provável que o debate sobre a utilização de tornozeleiras eletrônicas continue a crescer, envolvendo aspectos éticos e legais sobre a privacidade e liberdade dos indivíduos monitorados. O sistema ainda precisa encontrar um equilíbrio entre controle e liberdade, de modo a garantir que os direitos humanos sejam respeitados, enquanto se busca uma sociedade mais segura.

Por fim, a implementação eficiente e humanizada das tornozeleiras eletrônicas pode ser um passo positivo em direção a um sistema de justiça mais justo e equilibrado no Brasil.

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