O talento e parceiro de longa data de Conan O’Brien, Andy Richter, utilizou uma entrevista para atacar duramente o ex-presidente Donald Trump, em um momento em que o humor e a liberdade de expressão enfrentam novos desafios nos Estados Unidos. Richter afirmou que, se estivesse na ativa atualmente, ele e Conan poderiam estar atacando forte a administração Trump, que, segundo ele, estaria intimidando o humor na TV.
Andy Richter dispara contra Trump e o atual cenário do humor
Durante entrevista ao site Entertainment Weekly, Richter não economizou nas críticas ao político e ao ambiente de censura crescente na indústria do entretenimento. “Se você vai atrás dos humoristas, provavelmente está errado”, declarou. O artista também não hesitou em usar uma expressão forte ao mencionar Trump: “F**k that guy“, entregando um sentimento de frustração e descarte.
Andy Richter, que trabalhou ao longo de décadas ao lado de Conan O’Brien na televisão, revelou que, na atmosfera atual, eles teriam sido mais agressivos ao criticar a administração, especialmente considerando o clima de hostilidade contra a liberdade de expressão e humor político.
Ressentimentos pessoais e ataques à censura na TV
O timing das declarações acontece em um cenário de tensão na televisão americana, após o cancelamento de programas como The Late Show e o afastamento de Stephen Colbert, presenciais críticos ao ex-presidente. Além disso, o recente episódio envolvendo Jimmy Kimmel, que foi retirado do ar pela Disney após uma piada sobre Trump e o movimento MAGA, alimentou o debate sobre censura e liberdade de expressão na mídia.
Richter também apontou uma atitude de “pequenez” por parte do ex-presidente, criticando a tentativa de usar o aparato governamental para silenciar e intimidar humoristas: “Eles precisam levar as coisas tão a sério, e usar o governo para esmagar os comediantes. É uma demonstração de pequenez”.
Repercussões na indústria e possíveis futuras ações
A declaração reforça o clima de polarização já presente na TV americana, onde satiristas e apresentadores se veem sob risco de censura ou punições por suas opiniões. A recente controvérsia envolvendo Kimmel, que voltou ao ar dias após ter sido parcialmente censurado, mostra o quanto o medo de retaliações ainda permeia o setor, especialmente com a influência de Trump na política e na comunicação federal.
Este episódio também reacende o debate sobre liberdade de expressão na mídia, com artistas clamando por liberdade contra pressões externas e políticas de censura que ameaçam o humor crítico na televisão dos EUA.
Para Richter, o momento é de resistência e de manter vivo o espírito de humor como ferramenta de crítica social, mesmo diante de adversidades conjunturais.

