A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta segunda-feira (24) o calendário do futebol feminino para 2026. Com diversas novidades, o destaque principal é o aumento das equipes da Série A1 do Campeonato Brasileiro, que passará de 16 para 18 participantes, com a competição sendo realizada entre os dias 15 de fevereiro e 4 de outubro.
Novidades na Copa do Brasil e Supercopa Feminina
Outra mudança significativa é na Copa do Brasil, que verá um aumento no número de confrontos, passando de 64 para 72 jogos. Agora, a competição contará com jogos de ida e volta nas quartas de final e na decisão. Este torneio contará com a participação de 66 clubes de todas as 27 unidades federativas do país, com disputa marcada entre 22 de abril e 15 de novembro.
Com a ampliação da Copa do Brasil, ocorrerá também uma alteração na Supercopa Feminina. Seguindo o modelo existente no futebol masculino, a Supercopa envolverá apenas o vencedor da Série A1 e o campeão da Copa do Brasil. A grande decisão será em partida única, programada para o dia 8 de fevereiro de 2026.
Apoio às atletas mães e investimentos no futebol feminino
Um dos anúncios mais significativos da CBF foi o apoio às atletas que são mães ou lactantes. A CBF oferecerá a essas jogadoras a possibilidade de levar seus filhos em viagens, com custos pagos pela entidade. Além disso, haverá um novo investimento voltado para o futebol feminino de base, buscando assim fomentar talentos desde cedo.
Segundo a CBF, a reformulação do calendário do futebol feminino é uma ação estratégica, voltada não apenas para o crescimento da modalidade, mas também para a preparação do Brasil para a Copa do Mundo Feminina, que será realizada no país em 2027.
Investimentos feitos pela CBF
Em um investimento total de R$ 685 milhões, as mudanças no calendário feminino representam um aumento de 41% no número de datas disponíveis para as competições, 84% a mais no número de partidas e 69% mais vagas no calendário nacional. Essa estrutura renovada promete colocar o futebol feminino brasileiro em um novo patamar.
O presidente da CBF, Samir Xaud, comentou sobre as mudanças: “Assim como fizemos no futebol masculino, passamos os últimos meses analisando e estudando oportunidades de melhorar o calendário e o fomento do futebol feminino. Ouvimos especialistas, federações, clubes e jogadoras. E chegamos a um modelo que atende a demandas importantes, colocando o futebol feminino brasileiro onde merece estar. Vamos mexer em toda a estrutura das nossas competições, aumentando o número de clubes e de jogos.”
Expectativas futuras para o futebol feminino
Com essas inovações, a expectativa é que o interesse pelo futebol feminino no Brasil cresça, atraindo mais público, patrocinadores e, principalmente, investimento em talentos. A cada ano, o futebol feminino mostra um avanço significativo, e a CBF está comprometida em garantir que essa evolução continue, especialmente com a chegada do importante evento que será a Copa do Mundo de 2027.
A ampliação das competições, a inclusão de suporte para mães jogadoras e o investimento substancial por parte da CBF são passos promissores para fortalecer uma modalidade que, apesar das dificuldades enfrentadas ao longo dos anos, vem conquistando cada vez mais espaço e reconhecimento no cenário nacional e internacional.


