Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Protestos e vigílias marcam a prisão de Jair Bolsonaro

No segundo dia após a prisão do ex-presidente, Brasília vive intensa mobilização de apoiadores e opositores.

No segundo dia após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a entrada da Superintendência Regional da Polícia Federal, em Brasília (DF), voltou a concentrar grupos de manifestantes. A situação se torna cada vez mais tensa à medida que apoiadores do ex-presidente se reúnem em protesto, enquanto opositores comemoram a decisão judicial que resultou na detenção de Bolsonaro.

Movimentação e orações em frente à Polícia Federal

Desde as primeiras horas da manhã deste domingo (23/11), cerca de 15 pessoas se mobilizaram em frente ao prédio da PF, mostrando sua devoção a Bolsonaro com faixas e orações. A presença de um sósia do ex-presidente no local chamou a atenção, simbolizando a figura controversa que ele representa na política brasileira.

Entre as mensagens expostas, destacava-se uma faixa que pedia: “Fora Lula e Moraes. Buzine”. Motoristas que passavam pelo local atenderam ao apelo, criando uma espécie de coro de protesto que ecoava pelas ruas de Brasília. Vídeos registrados pelo Metrópoles mostram a resposta dos motoristas ao chamado, revelando a polarização que se instalou no país após a prisão.

Repercussões da prisão na câmara pública

A movimentação deste domingo se soma aos episódios vividos no dia anterior, logo após a prisão do ex-presidente. O espaço em frente à Polícia Federal se tornou um campo de batalha simbólico entre apoiadores e opositores. Um grupo chegou a estourar uma garrafa de champanhe para celebrar a detenção, o que gerou um princípio de confusão que, felizmente, foi controlado sem necessidade de intervenção policial. Contudo, a tensão aumentou à noite nas proximidades do condomínio onde Bolsonaro reside, no Jardim Botânico, levando a confrontos diretos.

Um opositor, identificado como Ismael Lopes, invadiu a vigília organizada por apoiadores e foi agredido, gerando uma onda de reações nas redes sociais e entre os manifestantes presentes. Lopes, que se apresenta como um dos coordenadores da Frente Nacional dos Evangélicos, aproveitou a ocasião para criticar a gestão de Bolsonaro durante a pandemia, acusando-o de ter aberto “700 mil covas” ao longo da crise sanitária.

A resposta do público e a intervenção policial

A fala de Lopes gerou uma revolta imediata entre os apoiadores, que o chamaram de “vagabundo” e desferiram xingamentos. A situação rapidamente se deteriorou, levando a Polícia Militar a usar gás de pimenta para dispersar o tumulto. Após o conflito, Ismael tentou se dirigir à imprensa, mas relatou dificuldade em falar devido ao gás que atingiu seus olhos.

Protestos em meio à decisão do STF

Os protestos acontecem em meio às repercussões da prisão preventiva de Bolsonaro, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente foi detido sob a justificativa de que havia risco de fuga, especialmente após a vigília convocada por Flávio Bolsonaro na porta do condomínio. A Procuradoria-Geral da República apoiou o pedido, evidenciando a grave situação legal em que se encontra Bolsonaro.

A decisão judicial também enfatizou a tentativa de Bolsonaro de violar a tornozeleira eletrônica que usava desde julho. Vídeos que surgiram recentemente mostram o ex-presidente admitindo que queimou o dispositivo com um ferro de solda, alegando “curiosidade” como justificação para sua atitude.

No sábado, a PF recebeu comunicação de que o equipamento havia sido danificado, levando a uma ação imediata para garantir a segurança e a integridade da situação que envolve o ex-chefe do Executivo. O cenário em Brasília reflete não apenas os ânimos acirrados desta crise política, mas também o profundo abismo que divide a sociedade brasileira neste momento de incertezas.

A continuação dos protestos e a agitação nas ruas demonstram que a nova fase política do Brasil, com a prisão de Jair Bolsonaro, ainda está longe de ser resolvida, e que as vozes dos cidadãos continuam a ecoar em meio ao tumulto.

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