Brasil, 21 de dezembro de 2025
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participação da Igreja na COP30 e sua reflexão sobre o clima

A participação da Igreja Católica na COP30 em Belém destacou a importância do amor e da sustentabilidade na relação com a natureza.

A cidade de Belém tornou-se o centro das atenções nas últimas semanas, recebendo líderes de mais de 190 países para a COP30, a Conferência sobre o Clima da ONU. A Igreja Católica não poderia ficar de fora desse importante evento e, sob a liderança do arcebispo Dom Júlio Endi Akamine, desempenhou um papel significativo na reflexão sobre a situação climática global, ressaltando a importância do amor e da conscientização ambiental.

A preparação para a COP30 em Belém

Dom Júlio Akamine, que assumiu a arquidiocese em agosto, se destacou pelo cuidado e dedicação para garantir que a Igreja estivesse bem representada durante a COP30. “O trabalho de preparação foi muito intenso”, afirmou ele, destacando a colaboração do bispo auxiliar Dom Paulo Andreolli e do arcebispo emérito Dom Alberto Taveira na organização de eventos paralelos e na recepção da delegação da Santa Sé.

Dom Júlio enfatizou que, embora estivesse se ajustando ao novo cargo, trouxe uma supervisão geral ao trabalho que já estava em andamento. “A realização da COP30 nos trouxe uma alegria muito grande e nos deixou muito contentes”, refletiu, comentando a participação ativa de bispos e cardeais nas diversas atividades promovidas ao longo do evento.

A reflexão da Igreja sobre a natureza

Um ponto central abordado por Dom Júlio durante a entrevista foi a visão da Igreja Católica em relação à natureza. “A Igreja vê a natureza não somente como um depósito de recursos naturais, mas sim na ordem do amor”, disse ele. Essa perspectiva está alinhada com a trajetória e as ações da Igreja ao longo das últimas décadas, especialmente no Brasil.

Historicamente, as campanhas da fraternidade têm abordado temas de preservação ambiental, evidenciando que a Igreja está à frente na luta contra as mudanças climáticas. “A Igreja é protagonista e está na vanguarda do enfrentamento das mudanças climáticas”, afirmou o arcebispo.

A importância da conscientização

A contribuição da Igreja para o diálogo sobre as mudanças climáticas vai além das discussões teóricas, segundo Dom Júlio. Ele ressaltou a importância do trabalho na conscientização da população. “O nosso trabalho se concentra na formação da consciência das pessoas”, enfatizou, apontando que manipulações e desinformações são uma triste realidade que a Igreja busca combater.

Com a realização da COP30, Dom Júlio acredita que Belém pode contribuir para a construção de uma nova narrativa e engajamento social, trazendo uma maior consciência ambiental à população local. “Essas mudanças são fundamentais para uma transformação efetiva”, completou.

Eventos significativos durante a COP30

Além da participação ativa nos painéis de discussão, Dom Júlio mencionou o Simpósio da Igreja Católica e uma grande marcha que contou com a presença de dezenas de milhares de pessoas. “Esses momentos mostraram a força da comunidade e a união de diversas organizações, reafirmando que a colaboração é possível, mesmo diante de diferenças”, disse, enfatizando a importância da coletividade para a transformação social.

A Cúpula dos Povos, que ocorreu em paralelo aos debates oficiais, também destacou a relevância da voz das pessoas que clamam por ações concretas e efetivas em relação ao clima. “A participação das pessoas foi surpreendente e significativa”, comentou ele, referindo-se ao envolvimento e à diversidade dos grupos presentes na marcha.

A experiência pessoal de Dom Júlio em Belém

Por fim, ao refletir sobre sua adaptação e experiências desde que chegou a Belém, Dom Júlio expressou sua gratidão pelo acolhimento recebido. “Me sinto em casa, e as pessoas me receberam como um dos seus, não como um forasteiro”, disse, citando a devoção e a força da comunidade durante o evento do Sírio de Nazaré.

Com uma atmosfera de fé e união, Dom Júlio afirmou que a vivência do Sírio foi transformadora e um testemunho do olhar coletivo em direção a um futuro mais consciente e sustentável. Essa participação significativa da Igreja na COP30 não apenas reafirma seu papel na proteção do meio ambiente, mas também na formação de uma sociedade mais solidária e responsável.

Essa experiência em Belém e a atuação da Igreja durante a COP30 representam um compromisso contínuo com a criação e um chamado à ação para todos. A combinação de fé, consciência e responsabilidade é o que pode transformar a nossa relação com a natureza e garantir um futuro melhor para as próximas gerações.

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