Brasil, 8 de dezembro de 2025
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Jair Bolsonaro preso após tentativa de violação de tornozeleira

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente sob a acusação de tentar violar sua tornozeleira eletrônica.

Na manhã de sábado (22/11), Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, foi preso preventivamente pela Polícia Federal. A decisão foi emitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após a PF alegar risco de fuga do ex-chefe do executivo, especialmente diante da vigília realizada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, em frente ao seu condomínio. Os advogados de Bolsonaro devem explicar ao STF a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica que ele usava desde julho.

A prisão e as alegações da Polícia Federal

A prisão de Bolsonaro foi solicitada pela PF, que apresentou um parecer ao STF destacando que seu comportamento recente indicava que ele poderia fugir. Esse parecer recebeu apoio do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Na mesma decisão, Moraes mandou que a prisão fosse executada sem algemas, respeitando a dignidade do ex-presidente, que estava sob prisão domiciliar desde agosto.

O documento que autorizou a prisão revelou que Bolsonaro havia tentado violar a tornozeleira eletrônica. A PF recebeu alertas do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime) sobre a violação do dispositivo. Uma equipe de escolta foi enviada à residência do ex-presidente para verificar a situação da tornozeleira.

Confissão e investigações

Segundo informações divulgadas pelo STF, quando questionado sobre o que havia feito com a tornozeleira, Bolsonaro confessou que a tentou queimar usando um ferro de solda por pura “curiosidade”. As declarações dele foram registradas em vídeo, o qual teve o sigilo retirado por Moraes. O ex-presidente afirmou que estava tentando violar o dispositivo desde a tarde de sexta-feira (21/11).

“Meti um ferro quente aí. Curiosidade”, disse Bolsonaro, ao ser questionado pela diretora-adjunta da PF, Rita de Cássia. “Foi ferro de soldar […] Não rompi a pulseira [tornozeleira] não”, completou.

Após a confissão, a tornozeleira foi retirada e passou por perícia, enquanto Bolsonaro foi levado para uma sala de 12 metros quadrados na Superintendência da PF. O local foi preparado recentemente para receber o ex-presidente, oferecendo conforto, incluindo ar-condicionado, frigobar, cama de solteiro, televisão e banheiro pessoal.

Consequências e próximos passos legais

A prisão preventiva de Bolsonaro não está diretamente ligada ao cumprimento de uma condenação penal, mas será avaliada pelos ministros da Primeira Turma do STF em uma sessão extraordinária marcada para segunda-feira (24/11). Os juristas precisam deliberar sobre a pertinência da medida preventiva considerando o novo cenário em que o ex-presidente se encontra.

A defesa de Bolsonaro já havia pleiteado a concessão de prisão domiciliar humanitária antes da detenção, apresentando laudos médicos sobre a saúde dele. Contudo, o ministro Moraes considerou esse pedido prejudicado, além de revogar a autorização para visitas de várias figuras políticas que haviam sido agendadas.

O desdobramento dessa situação cria um clima de incerteza não apenas para o ex-presidente, mas também para a dinâmica política do Brasil, já que suas ações e reações influenciam um considerável grupo de apoiadores e opositores.

Apoio e reações do público

Após a prisão de Jair Bolsonaro, manifestações de apoio a ele começaram a surgir em diversas partes do Brasil. A vigilância em frente ao seu condomínio, que envolveu pessoas próximas e seguidores, levanta questões sobre a polarização do debate político no país e as possíveis implicações para a estabilidade governamental.

Com Bolsonaro agora sob custódia, os desdobramentos de sua situação legal deverão ser acompanhados de perto, tanto pela mídia quanto pelos cidadãos, que se deparam com um capítulo crítico na história recente do Brasil.

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