Brasil, 25 de dezembro de 2025
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A oposição articula obstrução na Câmara em resposta à prisão de Bolsonaro

A oposição promete obstruir votações na Câmara até que proposta de anistia a envolvidos nos eventos de 8 de janeiro seja discutida.

Após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a oposição na Câmara dos Deputados anunciou que irá obstruir as votações, incluindo a do Orçamento de 2026. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), comunicou que não haverá aprovações até que o projeto de anistia aos envolvidos nos tumultos de 8 de janeiro seja discutido em plenário.

A prisão de Jair Bolsonaro

Bolsonaro foi detido na manhã do último sábado, dia 22 de novembro, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A prisão gerou reações imediatas do seu partido, que se sente ameaçado pela continuidade das investigações e pela possibilidade de sanções mais severas contra seus membros.

O movimento da oposição

A oposição já havia promovido uma obstrução na Câmara em agosto deste ano, quando apoiadores de Bolsonaro ocuparam fisicamente o plenário em uma manifestação exigindo a votação da anistia. O clima polarizado se intensificou com a detenção, levando a novas movimentações.

Sóstenes Cavalcante revelou que pretende se reunir com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir a situação e enfatizar a relevância da anistia como um ponto crucial nas negociações políticas atuais. A proposta original da anistia, considerada ampla e irrestrita, é vista como uma forma de proteger não apenas Bolsonaro, mas também outros envolvidos com os eventos do início do ano.

A proposta de anistia e suas implicações

A proposta de anistia, no entanto, não é unânime entre os parlamentares. Durante a gestão de urgência do projeto, algumas modificações foram feitas que limitaram sua abrangência. O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) foi encarregado de relatar o projeto e fez alterações significativas, incluindo a adequação do texto para focar apenas na redução de penas, deixando de fora a anistia completa desejada por muitos bolsonaristas.

Com essas modificações, a proposta foi rebatizada de “PL da Dosimetria”, mas segue sem uma perspectiva realista de votação na Câmara, o que causa frustração entre os apoiadores de Bolsonaro que desejam garantir a liberdade plena do ex-presidente.

Consequências para o Orçamento de 2026

A obstrução da oposição pode ter profundas consequências para a tramitação do Orçamento de 2026. O planejamento orçamentário do próximo ano precisa ser aprovado até dezembro, antes do recesso parlamentar, sob pena de congelamento de investimentos federais e um atraso no pagamento das emendas parlamentares, o que seria particularmente desfavorável em um ano eleitoral.

Enquanto isso, a pressão política aumenta, com aliados e adversários de Bolsonaro se posicionando de forma cada vez mais polarizada. As tensões nas relações entre os diferentes partidos e facções políticas refletem a gravidade da situação atual e complicam a tomada de decisões no Congresso.

Conclusão

As movimentações da oposição são um claro sinal da luta política acirrada no Brasil, especialmente em tempos de crise institucional. À medida que a situação de Jair Bolsonaro evolui, é certo que o debate sobre anistia continuará dominando as pautas na Câmara, com implicações diretas para o futuro político do país e suas instituições. A Itália observa atentamente, consciente de que o desenrolar desta história pode definir rumos importantes na política brasileira.

Para mais detalhes, acesse nosso link aqui.

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