O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, trouxe à tona uma análise otimista sobre a economia americana em recente entrevista ao programa The Ingraham Angle, da Fox News. Segundo Bessent, a conclusão de acordos de paz pelo presidente Donald Trump pode gerar “dividendos de paz”, que poderiam resultar em uma diminuição nos preços do petróleo.
A influência dos conflitos internacionais na economia
Bessent comentou que “se algo acontecer na Venezuela” ou se houver novas tensões entre Rússia e Ucrânia, poderíamos observar uma queda acentuada nos preços do petróleo. Sua análise se dá em um contexto em que as tensões com a Venezuela estão elevadas, com os Estados Unidos realizando mais de 20 ataques militares a barcos suspeitos de transportar drogas no Caribe, próximo à costa do país sul-americano. Embora suas declarações gerem otimismo, Bessent não detalhou o que exatamente implicaria “algo acontecendo na Venezuela”.
As observações de Bessent estão alinhadas com a nova estratégia da administração Trump, que se concentra na questão da afordabilidade. O foco no custo de vida tornou-se crítico por conta das eleições de novembro, e a administração tem destacado suas iniciativas para reduzir os preços, frequentemente responsabilizando a administração Biden pelos desafios econômicos e pela inflação enfrentados atualmente.
Os preços dos combustíveis e a percepção do eleitorado
“Os preços do petróleo e da gasolina estão significativamente mais baixos sob a presidência de Trump. E isso é realmente a chave para a acessibilidade: energia mais barata impacta diretamente os preços dos alimentos”, afirmou Bessent. Dados da Administração de Informação de Energia indicam que, apesar das flutuações ao longo do ano, os preços gerais do gás no varejo estão, em média, mais baixos em comparação com o ano passado. Em outubro de 2025, o preço médio do gás era de $3,19, inferior aos $3,26 do mesmo mês em 2024.
Entretanto, a preocupação com o custo de vida persiste entre os eleitores. Uma pesquisa da Fox News revelou que os americanos estão preocupados com a inflação e os custos variados, levando o vice-presidente JD Vance a pedir “paciência” à população enquanto esperam que a economia melhore. “Os americanos precisam manter a fé e esperar os resultados dessas políticas”, declarou Vance.
Perspectivas futuras de emprego e crescimento econômico
Bessent expressou um alto nível de confiança em relação ao crescimento do emprego e à dinâmica econômica para o próximo ano. Segundo ele, “pessoas precisarão ver o que o presidente fez. Eu continuo dizendo: acordos de paz, acordos comerciais e acordos fiscais. Fizemos o ‘One Big, Beautiful Bill’ em julho, e estamos observando um boom de investimentos muito animador. Historicamente, o aumento nos investimentos leva ao crescimento do emprego”.
O otimismo do Secretário do Tesouro vai de encontro ao sentimento dos eleitores que demonstram preocupação com a situação econômica atual, porém, as declarações de Bessent podem trazer uma nova expectativa em meio às incertezas. Mesmo com a pressão interna sobre a administração, suas palavras podem indicar um caminho esperançoso, mas também dependem dos desdobramentos internacionais e da interação entre a política externa e a economia doméstica.
O futuro econômico dos Estados Unidos parece depender não apenas dos acordos de paz, mas também da habilidade da administração em lidar com a inflação e as percepções dos eleitores. Bessent concluiu sua análise reiterando que “um crescimento robusto do emprego depende de uma abordagem eficaz em políticas que tragam resultados concretos”.


