Brasil, 31 de dezembro de 2025
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Confusão em vigília de apoio a Bolsonaro após discurso polêmico

A vigília evangélica liderada por Flávio Bolsonaro termina em tumulto após pedido de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro durante discurso.

Na última noite, uma vigília evangélica convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) gerou tumulto e confusão, após um discurso ousado feito por Ismael Lopes, que se apresentou como pastor. Durante o seu pronunciamento, Lopes defendeu a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que desencadeou uma série de agitações entre os presentes na manifestação.

Tensão durante a vigília

O incidente ocorreu por volta das 20h15, quando Lopes foi chamado por Flávio Bolsonaro para fazer uma fala. Em um tom assertivo, ele leu uma passagem bíblica sobre a justiça, afirmando que “quem cava covas por elas será engolido”, e, imediatamente, passou a solicitar a condenação do ex-presidente pelas suas ações no contexto da pandemia de Covid-19.

A reação negativa entre os apoiadores de Jair Bolsonaro foi instantânea. Lopes, após seu discurso, saiu correndo em direção a um carro de aplicativo, enquanto era perseguido e agredido por diversos simpatizantes que não aceitaram suas declarações. A Polícia Militar foi acionada e utilizou spray de pimenta para separar o grupo, garantindo a saída do homem do local.

A agressão e o desfecho

Imediatamente após a fala polêmica, Lopes foi agredido com socos e pontapés. Não obstante, suas roupas sofreram danos, com uma das mangas de sua camisa social sendo rasgada durante a confusão. Flávio Bolsonaro, que estava ao lado de Lopes, tentou intervenir, pedindo aos apoiadores que não agredissem o orador. Seu pedido, no entanto, foi ignorado pela multidão furiosa.

Contexto e reações

Ismael Lopes, que se identifica como membro da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito — a mesma que organiza eventos envolvendo a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja — declarou que não estava agindo em coordenação com o grupo, mas havia informado algumas lideranças sobre sua intenção de discursar durante o evento de apoio ao ex-presidente.

Lopes argumentou que para ter a oportunidade de se dirigir ao público, se apresentou como representante de um movimento evangélico com presença confirmada em 19 estados brasileiros. A situação na vigília evidenciou não apenas a polarização política crescente no Brasil, mas também as divisões que permeiam o próprio eleitorado de Jair Bolsonaro.

Até o momento, a vigilância sobre os eventos evangélicos e os discursos que ocorrem durante eles continua a ser um ponto sensível em meio às questões políticas atuais. A magnitude da resposta negativa à declaração de Lopes pode refletir a fragilidade do apoio ao ex-presidente que, mesmo em eventos de apoio, pode encontrar polarizações internas entre seus admiradores.

Esse episódio não apenas expôs as tensões políticas, mas também ressaltou o delicado equilíbrio que os apoiadores da linha do ex-presidente precisam manter, especialmente quando se trata de vozes dissonantes que buscam justiça em meio ao que muitos consideram manobras políticas. As reações à fala de Lopes devem continuar a ecoar nas discussões futuras sobre o ex-presidente e suas ações durante seu governo.

Com o futuro político de Jair Bolsonaro ainda em aberto e novas acusações surgindo, os eventos nas vigílias e as reações em resposta ao discurso de Lopes servem como um microcosmo da agitação política maior que o Brasil enfrenta atualmente.

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