Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Lula indicará mulher para a AGU após nomeação de Messias ao STF

Lula planeja nomear uma mulher para a Advocacia Geral da União, visando equilibrar a representatividade de gênero no governo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após indicar o advogado Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF), deve nomear uma mulher para ocupar a vaga deixada na Advocacia Geral da União (AGU) com a saída de Luís Roberto Barroso. A escolha visa atenuar as críticas acerca da falta de mulheres em posições-chave no governo federal. Hoje, o STF tem apenas uma mulher entre seus membros, Cármen Lúcia, sendo que Rosa Weber se aposentou em 2023, deixando o Supremo em desequilíbrio de gênero.

A necessidade de diversidade no STF e na AGU

As críticas ao presidente Lula aumentaram após a escolha de Messias, um homem, em uma posição que poderia ter sido ocupada por uma mulher. Para contrabalançar essa percepção e promover a diversidade, especula-se que Lula esteja considerando três candidatas para a AGU. A lista inclui Analize Almeida, procuradora-geral da Fazenda Nacional, Isadora Cartaxo de Arruda, secretária-geral de Contencioso, e Adriana Venturini, procuradora-geral federal. Todas elas ocupam cargos de segundo escalão na AGU e têm um histórico notável de serviços prestados à instituição.

O impacto da escolha nas políticas de gênero

Caso uma das candidatas femininas seja escolhida, isso resultaria em 11 mulheres em um total de 39 ministérios no governo Lula. A inclusão de mais mulheres nas esferas de poder é vista como um passo positivo na busca pela igualdade de gênero no Brasil, cujas mulheres históricamente têm enfrentado barreiras significativamente maiores em comparação aos homens. Se Lula decidir não optar por uma mulher, Flávio Roman, atual número 2 da AGU, é o principal nome cotado para a função.

Quem é Messias? Um perfil do novo indicado ao STF

O advogado Messias é um servidor público de carreira, tendo atuado como procurador do Banco Central e procurador da Fazenda Nacional. Sua trajetória é marcada por uma forte ligação ao movimento sindical das carreiras da AGU. Ele foi secretário de Regulação no Ministério da Educação na gestão de Mercadante e, ao longo do tempo, construiu vínculos com o Partido dos Trabalhadores (PT).

Durante o governo Dilma Rousseff, Messias foi subchefe de Assuntos Jurídicos e esteve presente em momentos cruciais do partido no Palácio do Planalto. Seu nome ganhou notoriedade em 2016, quando uma conversa entre ele e Lula foi interceptada e divulgada durante a Lava Jato. A gravação revelou comunicações que sugeriam a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil, uma manobra que mais tarde seria considerada ilegal pelo STF.

As relações pessoais e políticas de Messias

Messias sempre teve laços estreitos com Dilma, que esteve presente em sua posse como ministro da AGU em 2023. Em 2019, ele trabalhou no gabinete do senador Jaques Wagner (PT-BA). Na transição do governo Lula, Messias já desempenhava um papel crucial, coordenando questões relacionadas à Transparência, Integridade e Controle, demonstrando sua importância na estrutura do novo governo.

Em sua atuação dentro do governo, Messias construiu um bom relacionamento com outros ministros, como Esther Dweck, da Gestão, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário. Sua rede de aliados também conta com figuras influentes do governo como Rui Costa, ministro da Casa Civil, e Fernando Haddad, da Fazenda.

Expectativas para a nova vaga na AGU

As expectativas em torno da nova vaga na AGU são altas, especialmente em relação à inclusão de mulheres em funções de destaque. A nomeação de uma mulher seria uma afirmação do compromisso de Lula com a igualdade de gênero e uma tentativa de responder às críticas em relação à sua composição ministerial. Este passo não só ajudaria a diversificar a representação de gênero no governo federal, mas também estabeleceria um precedente positivo para futuras administrações, reforçando a importância de ter mulheres em posições de liderança.

A escolha que Lula fará para a AGU será observada de perto, não apenas como uma decisão política, mas também como uma oportunidade de influenciar a cultura governamental e promover a equidade entre gêneros. A questão da diversidade de gênero na política continua a ser um tema crítico e, neste cenário, a decisão de Lula poderá ser um marco para a história política do Brasil.

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