Nesta quarta-feira (19), o mercado financeiro brasileiro apresentou grande volatilidade diante da indefinição sobre a evolução dos juros básicos nos Estados Unidos. O dólar comercial fechou a sessão vendido a R$ 5,338, atingindo o maior valor desde 6 de novembro, com alta de R$ 0,02 (+0,38%), e operou em alta durante toda a manhã.
Mercado em movimento diante da incerteza sobre política monetária nos EUA
A moeda norte-americana avançou em diversas ocasiões ao longo do dia, superando a marca de R$ 5,34, embora tenha desacelerado no final da sessão. Apesar da alta ocorreu também na véspera de feriado, o dólar acumula queda de 0,78% em novembro e uma redução de 13,62% ao longo de 2025 até o momento.
Segundo análises do mercado, a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) evidenciou uma divisão profunda entre os membros da instituição acerca da possibilidade de um novo corte de juros em dezembro. Essa indecisão reforçou a tendência de valorização do dólar em nível global.
Impacto no mercado de ações e fatores externos
O dia também foi marcado por instabilidade na bolsa de valores brasileira. O índice Ibovespa, da B3, encerrou aos 155.381 pontos, uma queda de 0,73%. A retração foi influenciada principalmente por ações de empresas ligadas a commodities, refletindo a situação internacional, além da pressão causada pela liquidação extrajudicial do Banco Master.
Fatores internacionais e fuga de capitais
Fatores externos, como o aumento do risco de retirada de capitais de economias emergentes, também pesaram sobre o mercado brasileiro. A alta do dólar e a incerteza sobre a política do Fed reforçam esse movimento, uma vez que juros elevados em economias avançadas incentivam investidores a migrar para ativos mais seguros.
Especialistas apontam que o cenário de instabilidade pode persistir até que haja uma posição clara do Federal Reserve quanto à trajetória dos juros, influenciando não só o câmbio, mas também o desempenho da bolsa e o fluxo de capitais para o Brasil.
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